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Presidente dos Correios mantém ataques aos Trabalhadores – Categoria responde com a luta!

Publicado em 28/03/2017 12:50

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Durante a tarde desta segunda-feira (27), representantes da FINDECT estiveram reunidos com a direção da ECT para tratar de assuntos urgentes da categoria. Diante dos recentes ataques e ameaças que os trabalhadores vêm enfrentando, os sindicalistas cobraram um posicionamento do Presidente da ECT, Guilherme Campos, para a categoria.

Na mesa, participaram representantes dos Sindicatos filiados à FINDECT – São Paulo, Rio de Janeiro, Bauru, Tocantins e Maranhão -, que exigiram o recuo da Empresa nas questões que prejudicam os Ecetistas.

Férias continuam suspensas:

O Presidente da ECT continua a sustentar o discurso de que a crise é a responsável pela suspensão das férias dos mais de 115 mil trabalhadores. A FINDECT marcou posição e defendeu que não aceita que os supostos prejuízos da Empresa sejam cobrados dos Ecetistas. Há trabalhadores e Trabalhadoras que planejaram suas férias, cansados e sobrecarregados das jornadas incessantes, convivendo com a falta de funcionários e o excesso de cargas e encomendas nas unidades.

Os Correios não podem suspender um direito justamente merecido dos Trabalhadores. Campos admite que a decisão foi unilateral, sem a devida consulta aos Sindicatos e Federações, porém afirmou que não vai recuar da decisão. A FINDECT está tomando as devidas providências políticas e jurídicas para reverter a situação. Novas orientações serão divulgadas em breve à categoria.

Demissão motivada:

Guilherme Campos afirma aos representantes dos Trabalhadores que a questão ainda está em estudo, confirmando o que vem sendo noticiado pela grande mídia nos últimos dias. Tal atitude é um afronte aos milhares de Trabalhadores que poderão ser atingidos pela decisão, de maneira unilateral e desrespeitosa. Estão ameaçando tirar o sustento de milhares de familiares com a desculpa da economia forçada, prejudicando esta empresa que já foi motivo de orgulho aos brasileiros.

A Empresa não pode enfrentar uma redução de funcionários diante do atual momento. Enquanto o trabalho aumenta, a Empresa prepara ações para reduzir seu quadro de funcionários, o que em uma conta simples levará à sobrecarga de trabalho e esgotamento dos Trabalhadores, que terão de cumprir jornadas duplas/triplas.

O departamento jurídico da FINDECT está estudando ações e analisando meios de impedir que tal ação seja posta em prática. Este é o momento de os Trabalhadores e Trabalhadoras filiarem-se aos Sindicatos e participarem ativamente das paralisações e atos unificados da categoria.

Assistência Médica:

A FINDECT protocolou ofício na Empresa solicitando a reabertura das negociações. As assembleias nas bases votaram contra a cobrança de mensalidade no plano, bem como do aumento do compartilhamento das despesas. A Federação não irá negociar este ponto, mas problemas que a categoria enfrenta diariamente, resolvidos com a higienização (limpeza) da rede credenciada, volta dos ambulatórios e menor burocracia nos atendimentos e exames.

Campos afirma que a Empresa não irá recuar, pois não tem condições financeiras de arcar com todos os ‘gastos’ no plano. A FINDECT, e os Sindicatos filiados, responderam que manterão o posicionamento das assembleias do dia 14 de março.

Uma reunião está agendada para esta quarta-feira (29) para dar continuidade aos debates da comissão paritária de melhorias no plano.

Fechamento de agências:

Nos últimos dias, centenas de agências estão sendo fechadas em todo o Brasil. O maior prejudicado é, com toda a certeza, a população. Agências tradicionais, que cumprem função social em áreas periféricas nos 26 estados brasileiros, estão sendo fechadas arbitrariamente, sem consulta aos  Trabalhadores, e nem à sociedade. A FINDECT e os Sindicatos filiados pedem a paralisação desses fechamentos e a reavaliação desta decisão. O presidente da Empresa afirma que a ordem do governo federal é a de fechar ainda mais agências, mais um golpe dado à população – que não aguenta mais ser prejudicada com reformas na previdência, trabalhista, ampliação da terceirização e, agora, volta da ameaça de privatizações em massa.

Encontro Nacional dará resposta:

Na próxima quarta-feira (29), representantes da FINDECT, FENTECT e 36 sindicatos de Trabalhadores Ecetistas estarão reunidos para debaterem e traçarem ações para os próximos dias. Diante dos ataques diários que os Trabalhadores e Trabalhadoras, em especial a categoria ecetista, vem sofrendo, a união se faz necessária e urgente.

É o momento de deixar de lado às diferenças político-ideológicas e levantar bandeiras unificadas, de resistência e luta dos Trabalhadores. Pela manutenção dos direitos e benefícios histórica e arduamente conquistados, e que estão em claro e evidente ataque nos últimos meses. Contra um governo que golpeia sua base, os Trabalhadores, a resposta tem de vir das ruas.

À luta, companheiros e companheiras. Somente a união de forças para enfrentarmos os retrocessos impostos aos Trabalhadores e Trabalhadoras brasileiros.
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