FINDECT reforça o chamado aos trabalhadores de todo país para defesa dos Correios público
Publicado em 08/03/2018 13:38
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Categoria aprova greve por tempo indeterminado, a partir do dia 11, para salvar Empresa da privatização
Nos últimos meses, a Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos tem sido alvo de maldades e ataques de setores que buscam a privatização desta que é um patrimônio nacional. A gestão que atualmente administra a Empresa, sob as coordenadas do Ministro das Comunicações, Gilberto Kassab (PSD), e debaixo das artimanhas de Guilherme Campos, presidente da ECT, intensificou o desmonte dos Correios com o objetivo de entregar a Empresa à iniciativa privada.
A situação para os Trabalhadores está caminhando para um grande colapso. Os ataques, que se iniciaram durante o governo anterior, foram intensificados pelo Presidente Temer:
– Faltam funcionários em todo o país (nos últimos 4 anos foram demitidos mais de 20 mil e, desde 2011, a Empresa não realiza nenhum concurso para Carteiros, Atendentes e OTT);
– Atrasos em cartas e encomendas, gerando descontentamento da população;
– Fechamento de agências (aprovado pela direção da Empresa no último dia 27);
– Extinção do cargo de OTT (aprovado pela direção da Empresa no dia 25 de janeiro);
– Demissão Motivada (aprovada pela direção da Empresa no último dia 27);
– Implantação do DDA – Distribuição Domiciliar Alternada (Portaria publicada pelo Ministro das Comunicações no último dia 7);
– Falta de manutenção nos veículos, bicicletas, agências e outros prédios da Empresa (vide incêndios de grandes proporções só nos primeiros meses de 2018);
– Suspensão das férias de todos os funcionários pela segunda vez consecutiva;
– Ameaça de cortes de direitos (como a assistência médica dos pais e mães, e aposentados);
– Fim do diferencial de mercado (aprovado pela direção da Empresa no último dia 27)
É por esses motivos, e outros conhecidos pela categoria, que a FINDECT orientou aos Sindicatos filiados para que realizasses assembleias e votassem a aprovação da greve para as 22h do dia 11 de março. A Federação também encaminhou pela recusa da proposta de custeio para a assistência médica, elaborada pelo TST. As orientações foram acatadas pelos Trabalhadores, que percebem na força de sua união a única maneira de salvar o futuro da Empresa.
Por isso, os Trabalhadores das bases dos Sindicatos filiados (São Paulo, Rio de Janeiro, Bauru, Maranhão e Tocantins) não apenas cruzarão os braços na próxima segunda-feira, mas darão início ao movimento de recuperação dos Correios. E convidam a todos os Ecetistas do Brasil a se unirem ao movimento, e barrarem as ameaças e retrocessos impostos pela direção da Empresa, Ministério das Comunicações e Governo Federal.
É importante a participação não apenas dos milhares de trabalhadores, que doam o sangue diariamente nas ruas, agências e unidades dos Correios em todo o país, mas também dos familiares e de toda a população. Todos sofrem com a imposição do projeto privatizador que está em curso na Empresa hoje. Ele representa o fim da categoria, dos direitos e benefícios conquistados ao longo de muitos e muitos anos, a morte de uma Empresa com mais de 350 anos, e um grande prejuízo à população.
Por isso, Companheiros e Companheiras Ecetistas, a FINDECT convoca a categoria para a mobilização nacional. A partir das 22h do dia 11 de março, em uma só voz, Trabalhadores e população vão dar o grito contra a privatização dos Correios, contra os ataques e ameaças aos Direitos e Benefícios historicamente conquistados, e justamente merecidos.