Além de retirar direitos, direção dos Correios propõe reajuste abaixo da inflação
Publicado em 17/07/2018 23:37
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A reunião de negociação desta terça-feira, cujo tema era a apresentação da proposta de reajuste para os funcionários dos Correios, na verdade significou uma afronta para a categoria. O INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor) calcula que o reajuste mínimo para a reposição salarial dos ecetistas ficou em 2,64%.
Apesar de reconhecer a perda salarial, o presidente Carlos Fortner apresentou a proposta de reajustar os salários em 1,58% que, segundo ele, seria o índice proposto pelo Ministério do Planejamento. O número percentual proposto, representa apenas 60% do que os trabalhadores e trabalhadoras já perderam no decorrer do ano.
Fortner disse ainda que esse número não está fechado, em definitivo, porque está em debate no Governo e que esta seria a proposta que para o momento. Pediu tempo para que pudesse haver outra proposta, sem esclarecer que tempo seria esse.
Ao se manifestar sobre o tema, Ronaldo Martins (Ronaldão), secretário geral da FINDECT e presidente do Sindicato do Rio de Janeiro, insistiu na proposta de reajuste linear (para todos os trabalhadores), no valor de R$ 300,00, mas a direção da empresa refutou a proposta dos trabalhadores e trabalhadoras.
Desde o início das negociações, a direção vêm propondo uma série de retiradas de direitos e benefícios, o que por consequência amplia a defasagem dos salários. “A proposta de reajuste abaixo da inflação é uma afronta para os ecetistas. Não podemos pagar a conta de sucessivas direções que geriram mal a empresa. Mais uma vez, convocamos a categoria a ficar atenta, pois será necessário lotarmos as assembleias e, com união e luta, fecharmos um Acordo Coletivo de Trabalho favorável aos trabalhadores”, disse Ronaldão.
Também participaram da reunião, o presidente do Sindicato do Maranhão e dirigente da FINDECT, Márcio Martins e o diretor da FINDECT, Wilson Araújo.
Sônia Corrêa
Correspondente da FINDECT em Brasília