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Assistência Médica: Nota da Comissão de Saúde da FINDECT para as alterações propostas pela direção da ECT

Publicado em 22/02/2019 14:07

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Inicialmente é importante avisar que a empresa tem tentado convencer a todos que foi ordem do TST a criação de um plano de saúde comercial (lembrem e guardem essa palavra comercial) familiar. Em momento algum na sentença do TST está escrito que nossos pais e mães devem ser tratados como mercadorias dentro do plano de saúde iguais aos oferecidos no mercado comum (caríssimos são os planos de saúde comerciais, onde os iguais aos nossos custam inicialmente 2 mil reais por vida em média para idosos).

Para nós, representantes dos trabalhadores, está claro que a decisão do TST diz que deve ser encontrada uma solução para que, em equilíbrio com a empresa, se preserve a família dentro dos limites que podemos pagar. Temos plena certeza de que a sentença do TST em momento algum diz que os trabalhadores que na base operacional recebem hoje líquido próximo de mil e trezentos reais devem ser obrigados a pagar R$ 1.600 por cada pai e cada mãe dentro do plano. O TST não deu ordem para a destruição das famílias.

Entendemos que nossos pais e mães são nossos dependentes. Entendemos que assim como nossos filhos e cônjuges, ao fazermos concurso público, entramos na empresa sabendo que teríamos a garantia da empresa que nossos pais e mães participam conosco do nosso plano de saúde que são nossos dependentes econômicos. Tios, irmãos, sobrinhos, primos, todos esses devem sim ter a possibilidade de entrar no plano de saúde familiar comercial que o Correios quiser oferecer. De forma alguma nossos pais e mães são iguais a estes parentes. Lembrando que em todos os casos de genitores estes já são também nossos dependentes econômicos, tendo de estar abaixo de 1,2 salários mínimos em proventos.

Nós que estamos em Brasília não temos poder de assinar mudanças no plano de saúde. Vamos estudar direções nos debates que ajudem os trabalhadores e que no momento certo acabarão se consolidando como proposta dos trabalhadores. Para tanto pedimos a prorrogação por mais 12 meses dos trechos que tratam sobre pais e mães, pois a empresa alega precisar de 4 meses depois de aprovado nas assembleias para criar um plano de saúde. Estamos a 5 meses do fim do acordo coletivo então não há tempo suficiente para discutirmos o plano de saúde para pais e mães, discutir mudanças na sentença (sim, basta empresa e trabalhadores concordarem que novo texto pode ser escrito na sentença do TST) e podemos sim avançar nos debates já que a empresa está seguindo para o segundo ano consecutivo de lucros.

De nossa parte os trabalhadores podem contar conosco para lutar na defesa da abertura dos ambulatórios em todas as regionais, continuar discutindo a cobrança de mensalidade calculada referente ao salário base, limite de quanto possa ser descontado por mês no salário de cada trabalhador referente ao plano de saúde e melhoria na rede credenciada pois em diversas regiões o atendimento tem sido precário.

Orientamos os trabalhadores a escutarem os sindicalistas eleitos e os militantes que têm res ponsabilidade. Participem das assembleias e sempre digam nas unidades de trabalho que os ECTistas não vão aceitar mais perdas e no momento adequado vão lutar pela defesa da família e da saúde.

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