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É fundamental celebrar o 20 de novembro: Dia da Consciência Negra

Publicado em 20/11/2020 13:25

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A data faz referência ao dia da morte de Zumbi dos Palmares, líder do Quilombo de Palmares, que lutou para preservar o modo de vida dos africanos escravizados que conseguiam fugir da escravidão.

Homenagear Zumbi dos Palmares, negro valente, que morreu combatendo os grilhões da escravidão, em defesa da dignidade de negras e negros africanos, capturados em suas cidades e trazidos à força para trabalhar como escravos nas lavouras de um Brasil que se construía, é um dos momentos deste dia. Um momento que nos orgulha e nos move a seguir lutando contra a opressão, contra o racismo que nos rodeia e com o qual nos deparamos nas esquinas, no ambiente de trabalho, de lazer, nas escolas, quer como alunos, quer como trabalhadores da educação, enfim, em qualquer lugar onde a desigualdade, o preconceito e a opressão não tenham sido quebrados.

Importância do Dia da Consciência Negra

A importância da data está no reconhecimento dos descendentes africanos na constituição e na construção da sociedade brasileira.

Os principais temas que podem ser abordados nessa data são o racismo, a discriminação, a igualdade social, a inclusão do negro na sociedade, a religião e cultura afro-brasileiras, dentre outros.

Como surgiu o Dia da Consciência Negra?

Durante o governo Lula (2003-2010), a Lei nº 10.639 de 9 de janeiro de 2003, determinava a inclusão da temática “História e Cultura Afro-Brasileira” no currículo escolar.

Nesse mesmo documento, ficou estabelecido que as escolas iriam comemorar a consciência negra:

“Art. 79-B. O calendário escolar incluirá o dia 20 de novembro como ‘Dia Nacional da Consciência Negra’.”

No entanto, foi somente no governo de Dilma Rousseff e através da Lei nº 12.519 de 10 de novembro de 2011, que essa data foi oficializada.

Nesse documento foi criado o “Dia Nacional de Zumbi e da Consciência Negra”, sem obrigatoriedade de que ele fosse feriado.

Quem foi Zumbi dos Palmares?

Representação de Zumbi, o líder dos Palmares

Popularmente chamado de Zumbi dos Palmares, ele foi o último dos líderes do Quilombo dos Palmares, localizado no atual estado de Alagoas, durante o período colonial.

Filho de africanos escravizados e nascido nesse quilombo, Zumbi foi educado por um sacerdote e depois retornou ao seu local de nascimento. Ali, lutou para que o quilombo não fosse destruído pelos colonizadores que consideravam um perigo aquela reunião de negros libertos.

Em 1695, com 40 anos, Zumbi foi assassinado pelo capitão Furtado de Mendonça, a mando de Domingos Jorge Velho. Foi decapitado e sua cabeça levada para Recife onde ficou exposta em praça pública.

Frases sobre a Consciência Negra

“Os negros no Brasil nascem proibidos de ser inteligentes.” (Paulo Freire)

“O preconceito da raça é injusto e causa grande sofrimento às pessoas.” (Voltaire)

“Eu tenho um sonho. O sonho de ver meus filhos julgados por sua personalidade, não pela cor de sua pele.” (Martin Luther King Jr.)

“Enquanto imperar a filosofia de que há uma raça Inferior e outra superior, o mundo estará permanentemente em guerra!” (Bob Marley)

“Nossa pretensão é de uma sociedade não racial. Não é uma questão de raça; é uma questão de ideias.” (Nelson Mandela)

“Não lutamos por integração ou por separação. Lutamos para sermos reconhecidos como seres humanos.” (Malcon X)

Seis estatísticas que mostram o abismo racial no Brasil

A população negra é a mais afetada pela desigualdade e pela violência no Brasil. É o que alerta a Organização das Nações Unidas (ONU). No mercado de trabalho, pretos e pardos enfrentam mais dificuldades na progressão da carreira, na igualdade salarial e são mais vulneráveis ao assédio moral, afirma o Ministério Público do Trabalho. Leia mais aqui.

Números expõem desigualdade racial no Brasil

56,10%. Esse é o percentual de pessoas que se declaram negras no Brasil, segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua do IBGE. Dos 209,2 milhões de habitantes do país, 19,2 milhões se assumem como pretos, enquanto 89,7 milhões se declaram pardos. Os negros – que o IBGE conceitua como a soma de pretos e pardos – são, portanto, a maioria da população. A superioridade nos números, no entanto, ainda não se reflete na sociedade brasileira.

Veja um painel completo de gráficos aqui.

Documentário ONU Brasil sobre o Dia da Consciência Negra

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