Só uma estatal faz um projeto social como o Papai Noel dos Correios
Publicado em 08/12/2020 21:29
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As campanhas de empresas privadas de comunicação arrecadam dinheiro para elas próprias e para artistas, fazem marketing e promovem políticos e produtos explorando o sofrimento do povo pobre!
O Papai Noel dos Correios é um projeto social que há mais de 30 anos possibilita a ligação de crianças pobres a padrinhos em todo o país. Mais de 6 milhões de cartinhas já foram lidas por pessoas que adotaram, presentearam e levaram um sorriso de esperança e alegria a essas crianças.
Do seu lado, os trabalhadores dos Correios sempre fizeram esse trabalho com orgulho e alegria. Sabem que é o único presente que milhares de meninos e meninas ganham e há muitas histórias em eles mesmos apadrinham carentes, mesmo com os baixos salários que recebem.
Em 2020 ano continuarão a fazer esse trabalho com o orgulho de sempre, mesmo sofrendo ataques desumanos da direção da empresa, como o corte frio e calculista do tíquete no mês de Natal, somado ao anúncio sorrateiro do PDI.
Serviço social, só estatal
A importância de serviços sociais como o Papai Noel dos Correios é evidente. O que talvez não seja evidente é que só uma estatal é capaz de fazer algo assim, desinteressado, sem dar lucro, só para ajudar as pessoas desvalidas, prejudicadas pela desigualdade econômica e social reinante no Brasil, que as relega à pobreza desde o berço e nega as oportunidades necessárias pra dela sair.
Basta tomar como exemplo o Criança Esperança, que por anos gerou altos lucros para a Globo e para os artistas que coordenavam a empresa criada para gerir a arrecadação incentivada até no Jornal Nacional.
Ou os “topa tudo por dinheiro” ou as “rodas da esperança” do Sílvio Santos. Ou o caldeirão do Luciano Huck, que a cada edição faz um pobre chorar ao receber um “presentinho” do padrinho que quer ser presidente do país em sua “porta da esperança”.
Exploram a pobreza ao ponto de humilhar os pobres, dando a impressão aos demais que um dia podem melhorar de vida, quando algum rico bonzinho os agraciar, dar-lhes algumas migalhas, como uma moradia à qual todos deveriam ter direito.
O capitalismo cria a pobreza e empresas e espertalhões a exploram para se passar por bonzinhos e salvadores dos pobres, corromper toda a sociedade para que os necessitados, em vez de lutar por transformações, fiquem esperando um salvador. E em algum momento eles próprios se candidatam ou apoiam algum salvador da pátria.
Se os Correios forem privatizados, ações sociais como o Natal dos Correios acabam, assim como acaba a função social presente na integração do país, na contribuição à segurança nacional presente na entrega das urnas nas eleições, das vacinas, dos livros didáticos e das correspondências em todos os rincões na nação, se valendo do subsídio cruzado para sustentar esse trabalho!