ECT provoca impasse no início das negociações coletivas
Publicado em 06/07/2022 15:17
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Direção militar da empresa quer negociação relâmpago e superficial, enquanto Sindicato e Federação representantes dos trabalhadores querem debate amplo de todos os itens da Pauta de Reivindicações e volta dos direitos e benefícios roubados durante a pandemia!
A negociação da Campanha Salarial 2022 começou com a cara dessa direção militar bolsonarista da ECT.
Na 1ª reunião dela com os representantes sindicais, realizada na terça, 5 de julho, não houve negociação. Só serviu pra cumprir a tabela do campeonato de jogos sujos que a direção da ECT e do governo Bolsonaro sabem e gostam de jogar.
Empresa não quer discussão, quer imposição!
A reunião durou pouco mais de meia hora. Os prepostos do general bolsonarista apresentaram um cronograma relâmpago de reuniões da Campanha que não possibilita que haja negociações de verdade.
Está na cara que a direção da empresa e o governo não querem e não vão fazer reuniões presenciais, onde haja possibilidade de debates e negociações de verdade.
TST de novo?
Mais revelador foi a insistência na rapidez para redação das atas dessas reuniões.
A meta clara é deixar as atas prontas o quanto antes possível para que a ECT as encaminhe para o julgamento de costumeiro dissídio com a parceria patronal do TST.
Esses são os objetivos mais que evidentes da direção da ECT, que foram amplamente contestados por todas e todos representantes dos trabalhadores presentes nesta reunião com cara de farsa.
Por negociações amplas
É impensável e absurdo a direção da empresa querer poucos e rápidos encontros, com tanto que há para negociar.
A FINDECT exige tempo e um número de reuniões suficiente para discutir cada cláusula da pauta de reivindicações da categoria.
Nela estão os inúmeros problemas que se acumulam nos locais de trabalho devido à falta de trabalhadores, ao abandono e ao sucateamento, à negligência e autoritarismo de muitas gerências.
E nela estão principalmente os direitos e benefícios que foram roubados da categoria na pandemia, em que os mal-intencionados governistas aproveitaram a aflição, a dúvida, o medo e o isolamento social para impor ataques nunca vistos antes aos trabalhadores.
Exigimos a volta de tudo que foi roubado
São direitos históricos duramente conquistados e necessários para a categoria que ganha menos entre as estatais, apesar de trabalhar demais, e cada dia mais!
Para isso é preciso negociação ampla, séria, firme e com o tempo necessário! Nada de calendário relâmpago, farsa, criação de impasse e dissídio coletivo no TST. Exigimos decência, respeito, valorização e nossos direitos de volta!