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Licença maternidade é primeiro acordo assinado entre FINDECT e direção da ECT

Publicado em 27/04/2023 18:05

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► Na reunião para assinatura do termo de acordo que garante a volta da licença maternidade de 6 meses, dirigentes da Federação e dos Sindicatos ressaltaram a importância do benefício para mulheres e crianças.

► Também apresentaram outras demandas, como a volta imediata do adicional para dependentes com necessidades especiais e a negociação, na Campanha Salarial, dos inúmeros direitos e benefícios roubados pelo ex-governo de ultradireita.

Vitória importante

A assinatura do termo de acordo foi um marco nas relações entre a direção da ECT e os Sindicatos da categoria.

Realça a volta do diálogo e da negociação permanente, da disposição para ouvir e atender reivindicações, depois de anos de distância e negligência e com roubo de dezenas de direitos da categoria.

Já a volta da licença maternidade de 6 meses é uma vitória importante para a categoria.

Primeiro porque beneficia as trabalhadoras e, principalmente, as crianças, que precisam da presença da mãe numa fase decisiva, em que a atenção, o calor e o aleitamento maternos determinam muito do desenvolvimento futuro da saúde física e emocional do ser humano que está se formando.

Mas também por marcar a primeira reconquista de um direito roubado no governo anterior. Por marcar a reinauguração de um nível considerável de civilidade e respeito mutuo. Por sinalizar que o atual governo e a diretoria da ECT estão abertos a ouvir e atender os anseios da categoria.

Mais reivindicações e negociações

Na reunião, os dirigentes da FINDECT reconheceram a disposição para ouvir e negociar de forma permanente, e o atendimento de demandas como a licença maternidade, como avanços trazidos pelo governo Lula, encaminhados até aqui de forma irretocável pelo presidente dos Correios, Fabiano Silva.

Nesse sentido, realçaram outras reivindicações que demandam atendimento rápido, entre elas:

● A volta do Auxílio para Dependentes com necessidades especiais.

O governo anterior cometeu a desumanidade de economizar retirando esse benefício. Prejudicou não só os trabalhadores, mas principalmente os dependentes, que precisam muito desses recursos para seus cuidados e tratamentos, muitos dos quais foram paralisados e implicaram em retrocessos e sofrimentos.

● Período de amamentação.

O fim da licença maternidade, mesmo acrescida de 2 meses, não coincide com o fim do período de aleitamento materno. Por isso é preciso que também seja assegurado às mães trabalhadoras condições para manter a amamentação dos filhos.

● Combate ao assédio nas unidades de trabalho.

Uma das heranças malditas do período de governo de ultradireita e da direção militar da ECT é o assédio moral nas unidades de trabalho. Inúmeros gestores aderiram aos métodos dos seus superiores e implantaram verdadeiras ditaduras, com perseguição e repressão nas unidades. Isso precisa ser extirpado, junto com o assédio sexual que persiste em vários escalões.

Negociação, na Campanha Salarial, de todos os direitos roubados do ACT

A expectativa da categoria nas negociações coletivas da Campanha Salarial é grande. Antes de tudo pela questão salarial, mas também pela retomada das inúmeras cláusulas roubadas do Acordo Coletivo pelo ex-governo e ex-direção da ECT.

As dificuldades são grandes, todos sabem. Mas esse será o marco decisivo da certeza de que o novo governo e a nova direção da ECT trazem, de fato, um novo tempo e uma nova postura.

Que eles reafirmam a esperança do fortalecimento do Correio estatal. De investimentos na modernização da empresa e diversificação de serviços. De valorização dos trabalhadores, com a volta do concurso e contratação do número adequado de funcionários.

E, principalmente, do diálogo e da negociação permanente, ouvindo atentamente e sempre os trabalhadores, que conhecem profundamente a empresa e seu funcionamento, e garantindo seus direitos, inclusive com a volta dos que foram indevida e injustamente roubados!

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