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EM DEPOIMENTO A CPI, PRESIDENTE DO POSTALIS NÃO FALA SOBRE DÉFICIT E SE NEGA A DEIXAR O CARGO

Publicado em 28/08/2015 13:29

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A CPI DOS FUNDOS DE PENSÃO COMEÇOU A OUVIR O PRESIDENTE DO POSTALIS REELEITO PELOS CONSELHEIROS PARA NOVO MANDATO DE 3 ANOS. ELE NÃO FALOU SOBRE O DEFICIT MILIONÁRIO DO FUNDO E COMO ELE FOI GERADO, NEM SOBRE OUTRAS IRREGULARIDADES, E SE RECUSOU SAIR ESPONTANEAMENTE DO CARGO

Um dia depois dos Conselheiros do Postalis reelegerem o presidente do Fundo, Antonio Carlos Conquista, para um mandato de mais 3 anos, a CPI dos Fundos de Pensão convocou o presidente para depoimento.

O CPI foi aberta, entre outros motivos, sob influência da denúncia da FINDECT, em agosto de 2014, dos déficits acumulados pelo Fundo e de um pedido de intervenção à PREVIC.

Os parlamentares da CPI querem que o presidente explique como o déficit foi acumulado e porque a direção do fundo insistiu em aplicações furadas em instituições insolventes.

As suspeitas de irregularidades na administração do fundo foram alvo de investigação da Superintendência Nacional de Previdência Complementar (Previc), vinculada ao Ministério da Previdência Social, e também estão sendo apuradas pela Polícia Federal, tudo isso ocorrido após a denúncia e o pedido de intervenção do Sindicato e da Federação.

Para reforçar as suspeitas de má gestão, uma auditoria recém-concluída pelos Correios apontou que a gestão do presidente do Postalis, Antonio Carlos Conquista, contraria regras de mercado, omite documentos e facilita fraudes no fundo de pensão da estatal. Segundo os auditores, a bagunça administrativa no Postalis provocou, apenas nos últimos dois anos, prejuízo de R$ 2,6 bilhões nas contas do fundo. Mas a primeira audiência em que Conquista compareceu foi frustrante.

Ele não quis aprofundar os comentários em torno dos prejuízos de R$ 2,6 bilhões no Postalis, só nos últimos dois anos, período coincidente com sua gestão do fundo. Nem falou sobre a auditoria que apontou, além do déficit, diversas irregularidades. Também descartou a possibilidade de afastamento. “Ainda tenho uma missão e não gostaria de deixar no meu currículo a não solução para a questão do deficit do Postalis”, declarou ao Deputado que sugeriu o afastamento.

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A FINDECT, através de seu Presidente, José Aparecido Gimenes Gandara, está acompanhando de perto os trabalhos da CPI e fará tudo que for possível para que as evidências sejam confirmadas e as responsabilidade apontadas e punidas. Quem gerou o problema tem que arcar com ele. Não podemos aceitar que o trabalhador seja prejudicado pela incompetência de gestão do nosso fundo de pensão.

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