FINDECT repudia editorial da Folha de S. Paulo e reafirma que os Correios são patrimônio público estratégico
Publicado em 27/10/2025 13:59
Fonte:
Os sindicatos filiados à FINDECT vem a público repudiar com veemência o editorial publicado pela Folha de S.Paulo em 23 de outubro de 2025, que defende a privatização ou fechamento dos Correios. Mais uma vez, a grande imprensa demonstra desconhecimento e preconceito contra a empresa pública, ignorando sua relevância social, estratégica e econômica para o Brasil e seus cidadãos.

A estatal é essencial para a população, especialmente nas regiões onde o setor privado não chega. Com presença em todos os 5.570 municípios brasileiros, os Correios garantem acesso à cidadania, suporte a pequenos negócios e integração nacional, cumprindo uma função social e estratégica que nenhuma empresa privada teria interesse em assumir.
Em momentos críticos, a importância dos Correios é inquestionável:
• Durante as enchentes no Rio Grande do Sul em 2024, foram os únicos a levar mantimentos e água a comunidades isoladas.
• Na pandemia de Covid-19, asseguraram a distribuição de vacinas, medicamentos e alimentos em todo país.
• Atualmente, continuam prestando serviços essenciais, como entrega de leite a crianças, atendimento a aposentados nas agências e projetos sociais, como o Papai Noel dos Correios.
A FINDECT defende a importância dos Correios como empresa pública e 100% estatal e rebatem o editorial da Folha, mostrando que, mesmo em períodos financeiramente conturbados, a empresa possui capilaridade e capacidade de se recuperar, com faturamento anual superior a R$ 20 bilhões. Com investimento público, gestão eficiente e planejamento estratégico, a estatal pode expandir sua atuação para novos segmentos, manter-se essencial para a população e se tornar referência nacional e internacional em logística e no setor postal.
Inclusive, este editorial da Folha surge no momento em que o governo federal, através do presidente Lula, busca viabilizar recursos financeiros por meio de empréstimo para investir na modernização da empresa. Esse tipo de iniciativa provoca resistência por parte do setor privado, que não deseja ver os Correios ampliando seu marketplace, oferecendo novos serviços e modernizando sua operação. Editorial como este reflete interesses empresariais que ignoram que os Correios são essenciais para toda a população brasileira, e não apenas uma lógica de lucro empresarial.
Privatizar os Correios seria um retrocesso grave, prejudicando trabalhadores, serviços e a própria população. O país precisa é de fortalecimento da empresa pública, valorização dos trabalhadores e ampliação dos serviços estratégicos, garantindo eficiência, inclusão social e desenvolvimento nacional.
O editorial da Folha ignora fatos concretos:
• A empresa possui estrutura, receita e capilaridade suficientes para se recuperar e modernizar.
• Já foi alvo de projetos de desinvestimento e privatização que sabotaram sua eficiência e prejudicaram os trabalhadores.
• Cumpre funções sociais e logísticas que nenhuma empresa privada teria interesse em realizar, garantindo serviços essenciais em áreas remotas.
A FINDECT reafirma que os Correios devem permanecer 100% públicos, bem geridos e valorizando seus trabalhadores, garantindo serviços de qualidade e capilaridade total para atender à população. Qualquer tentativa de privatização representa ataque aos direitos dos trabalhadores, retrocesso social e ameaça à integração nacional. Os sindicatos filiados à FINDECT e a sociedade brasileira não aceitarão esse retrocesso.
