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Apreensão em marketplaces expõe falhas do setor privado e reforça a importância dos Correios na segurança postal

Publicado em 04/12/2025 18:22

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A operação conjunta realizada pela Anatel e pela Receita Federal durante a Black Friday — que apreendeu mais de 4,2 mil produtos irregulares em centros de distribuição do Mercado Livre, Shopee e Amazon — evidenciou a fragilidade do modelo logístico privado e reforçou a necessidade de fortalecer os Correios e suas unidades estratégicas, como o CEINT.

Nos dias 30 de novembro e 1º de dezembro, os agentes fiscalizadores inspecionaram 20.591 itens em centros localizados no Paraná, Distrito Federal e São Paulo. O levantamento identificou milhares de aparelhos eletrônicos sem homologação, incluindo power banks, dispositivos de rede, smartwatches e TV Box.

Foram apreendidos:

2.569 produtos no Mercado Livre, 1.325 na Shopee, 332 na Amazon.

A operação integra o Plano de Ação de Combate à Pirataria da Anatel e mostra que os marketplaces, apesar do grande volume de vendas, não conseguem assegurar controle efetivo sobre o que circula em seus armazéns.

Correios cumprem um papel que o setor privado não garante

Enquanto centros privados acumulam produtos sem procedência, os Correios mantêm padrões rígidos de fiscalização, rastreamento e cooperação permanente com os órgãos de controle.

Como empresa pública, a ECT opera sob normas federais e responsabilidades institucionais, garantindo:

✓rastreabilidade nacional;

✓conformidade com regras oficiais;

✓parceria técnica com Receita Federal, Anatel e demais órgãos;

✓tratamento postal seguro e supervisionado;

✓atendimento universal a todo território brasileiro.

Essa estrutura é indispensável para a segurança postal, elemento central da soberania nacional, e algo que não pode ser substituído por modelos baseados unicamente no lucro privado.

CEINT: unidade fundamental que precisa ser fortalecida, não atacada

A tentativa de enfraquecer ou fechar o CEINT contraria o interesse público justamente no momento em que as autoridades apontam um crescimento alarmante da circulação de produtos irregulares.
O CEINT é responsável por identificar, reter e impedir a entrada de mercadorias sem homologação, especialmente vindas do exterior — exatamente o tipo de material apreendido nos centros privados.

Retirar capacidade dessa unidade estratégica significaria ampliar ainda mais a vulnerabilidade da população e reduzir a presença do Estado em um setor sensível.

Soberania postal é responsabilidade do Estado

O episódio demonstra que, no ambiente privado, a segurança do consumidor e o controle sobre produtos são frequentemente relegados a segundo plano.

Os Correios, por serem uma empresa pública, atuam com transparência, responsabilidade e integração com órgãos federais, garantindo que o fluxo de remessas aconteça dentro das normas e com proteção ao cidadão.

É por isso que a segurança postal não pode ser terceirizada nem entregue a empresas cujo foco é o lucro imediato.

O presidente do SINTECT-RJ, Marcos Sant’aguida, reforça que a operação expõe a importância de preservar o sistema postal público:

“A apreensão de milhares de produtos irregulares revela aquilo que o movimento sindical denuncia há anos: o setor privado não tem interesse nem estrutura para garantir segurança postal. Só uma empresa pública como os Correios pode assegurar controle, transparência e proteção ao povo brasileiro. Por isso, defender o CEINT e fortalecer os Correios é defender a soberania nacional e os direitos da população.”

SINTECT-RJ seguirá mobilizado!

As irregularidades encontradas nos centros privados deixam claro que o país precisa fortalecer — e não enfraquecer — a logística estatal.

Os Correios têm compromisso público, responsabilidade institucional e são essenciais para impedir a circulação de produtos perigosos ou ilegais.

O SINTECT-RJ reafirma sua luta em defesa dos Correios, do CEINT e da segurança postal, porque um Brasil seguro exige um sistema postal público forte e atuante.

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