Depois do Postalis, agora o Plano de Assistência Médica da categoria está em risco de intervenção
Publicado em 12/12/2017 22:21
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A Federação Interestadual dos Sindicatos dos Trabalhadores dos Correios (FINDECT), participou de reunião convocada pelo Ministro Gilberto Kassab, da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, e o Presidente da ECT, Guilherme Campos, na tarde desta terça-feira (12), onde foi apresentada a situação do Postal Saúde, diante da ameaça de intervenção pela Agência Nacional de Saúde (ANS).
Kassab iniciou a conversa afirmando que há um movimento no Governo que objetiva privatizar os Correios e que a carta da ANS contendo a ameaça de intervenção no plano de saúde dos trabalhadores nos Correios agrava a situação. A possibilidade de intervenção é decorrente da falta de pagamento do fundo garantidor do Plano de Saúde, avaliado em 160 milhões.
O Presidente dos Correios, Guilherme Campos, afirmou que a reunião visava apenas mostrar o cenário aos representantes dos trabalhadores e que a empresa não dispõe de recursos para o aporte necessário à manutenção do Plano, desta forma, colocando a saúde dos trabalhadores na berlinda, com a possibilidade de deixar a categoria sem atendimento médico.
Pela FINDECT participaram o presidente José Aparecido Gimenes Gandara, o vice-presidente Elias Diviza e o diretor de finanças Anézio Rodrigues, que também é conselheiro do Postal Saúde.
Gandara, presidente da FINDECT, deixou claro que a ameaça de intervenção tem fundamento político, com a clara intenção privatista. Para a FINDECT, não está havendo compromisso, nem responsabilidade para atravessar a crise e resolver os problemas. “Precisamos buscar soluções pois a situação que foi originada por corrupção e má gestão, não pode ser paga pelos trabalhadores, que incorporaram o plano de saúde como um complemento salarial”.
“O compromisso para salvar o plano de saúde não pode ter mais sacrifícios dos trabalhadores por conta da incompetência de gestores”, denuncia Gandara. Segundo o presidente da FINDECT, os trabalhadores e trabalhadoras lutarão em todas as frentes em defesa de seu benefício, representado pelo plano de saúde.
Sônia Corrêa
Correspondente da FINDECT em Brasília