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FINDECT rebate editorial da Folha de SP: os Correios são essenciais à soberania do Brasil

Publicado em 09/09/2025 12:50

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Os Correios são essenciais para o povo brasileiro, estão presentes em todos os 5.570 municípios, resolvem problemas de aposentados com descontos indevidos do INSS, promovem programas sociais como o Papai Noel dos Correios, entrega de leite, mantimentos e fraldas, e garantem a voz do Estado no país. A luta da categoria barrou o PL 591 e agora segue contra a quebra do monopólio postal

No dia 8 de setembro de 2025, a Folha de S.Paulo publicou um editorial defendendo a privatização dos Correios. O texto é superficial, raso e ignora completamente a importância estratégica da estatal, que cumpre funções essenciais e garante presença do Estado em todo o território nacional.

Assinantes e leitores do jornal reagiram criticando a fragilidade do editorial, mostrando que vender a privatização como solução é uma proposta sem fundamento e prejudicial à população.

Os Correios não são apenas uma empresa de entregas; conhecem ruas, avenidas, casas e a realidade de cada município brasileiro. Garantem a entrega não só de objetos postais, mas também de fraldas, leites, medicamentos, mantimentos, livros escolares e urnas eletrônicas, assegurando direitos e cidadania em todo o país.

O Papai Noel dos Correios, programa social de destaque, leva presentes para milhares de crianças em situação de vulnerabilidade, mostrando o papel social da estatal e seu compromisso com a população.

Foi através das agências dos Correios que aposentados puderam reaver valores descontados indevidamente do INSS, garantindo atendimento universal mesmo onde o próprio INSS não possui estrutura. Sem os Correios, milhares de brasileiros ainda estariam prejudicados por erros e omissões do governo anterior.

Privatização: um risco à soberania e à cidadania

A Folha afirma que a gestão privada poderia modernizar a empresa. A realidade internacional mostra que privatizar serviços essenciais não é a solução:

Estados Unidos: os Correios norte-americanos continuam públicos, são estatais e símbolo de confiança para toda a população, que não aceita sua privatização.

França: o correio público francês é dono da JadLog, que atua no Brasil, mostrando que mesmo no setor de logística privado, a estatal francesa mantém o controle. Se lá fora não privatizam, por que o Brasil deveria?

No Brasil, exemplos recentes mostram que privatizações não beneficiam a população: a Sabesp enfrenta problemas graves após a privatização, a venda da Eletrobras é um dos maiores crimes contra o patrimônio público brasileiro, que para manter os lucros altos, a atual gestão tem reduzido manutenções, aumentando o risco de apagões em todo o território brasileiro. Ao mesmo tempo, corta drasticamente o quadro de trabalhadores, gerando ambientes de pressão, assédio moral e adoecimento.

A privatização da Cedae, empresa pública superavitária e orgulho do povo fluminense, foi vendida como solução, mas se tornou um desastre anunciado. As sucessivas falhas no sistema, como os rompimentos de adutoras que já resultaram em mortes, são consequências diretas do desmonte promovido pela nova gestão privada e mostram que entregar serviços essenciais ao mercado só prejudica a população.

Além disso, recentemente, o deputado federal Eduardo Bolsonaro encaminhou um projeto de quebra do monopólio postal reforçando a necessidade de união da sociedade e dos trabalhadores para impedir ataques à estatal.

Mobilização da categoria e defesa da estatal

O PL 591, projeto de privatização no governo Bolsonaro, foi barrado graças à mobilização histórica da categoria, demonstrando que os trabalhadores estão atentos e comprometidos com a defesa dos Correios. Hoje, a luta continua contra qualquer ameaça ao monopólio postal, garantindo que os Correios sigam cumprindo seu papel social e estratégico.

A FINDECT e os sindicatos filiados reafirmam: os Correios não podem ser privatizados. Precisam de gestão pública eficiente, investimento público e valorização dos trabalhadores, que garantem diariamente a presença da estatal em todos os municípios, a execução de programas sociais, a voz do Estado e o atendimento a aposentados e cidadãos em todo o país.

Defender os Correios é defender a soberania nacional, a cidadania e os direitos dos trabalhadores e do povo brasileiro. A luta continua, e a categoria permanece firme na defesa desta empresa essencial para o povo.

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