FINDECT se pronuncia e responde ao Ministro Fernando Haddad após entrevista ao programa Canal Livre
Publicado em 03/09/2025 16:07
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A FINDECT esclarece pontos importantes sobre o monopólio postal, defendendo a preservação dos serviços essenciais dos Correios e a necessidade de investimentos para garantir sua sustentabilidade e atuação no Brasil.

Após a entrevista concedida pelo Ministro Fernando Haddad ao programa Canal Livre, onde ele afirmou que os déficits financeiros dos Correios são causados pela quebra do monopólio postal, a FINDECT sente a necessidade de esclarecer alguns pontos importantes para os trabalhadores e para a população em geral sobre a situação da empresa pública.
Primeiramente, é preciso deixar claro que o monopólio postal dos Correios, que garante a exclusividade no envio de correspondências, telegramas e cartões postais, não foi extinto. O que o Ministro provavelmente se referiu é ao setor de encomendas, que desde a liberalização do mercado não tem monopólio. Esse setor, muito competitivo, tem feito com que as empresas privadas se concentrem nas áreas mais rentáveis, enquanto os Correios ficam com as partes menos lucrativas, mas essenciais, como o atendimento a regiões mais distantes e à população carente.
Além disso, o Projeto de Lei 7488, de autoria do deputado federal Eduardo Bolsonaro, que segue nos EUA conspirando contra a soberania nacional, e está tramitando no Congresso Nacional, propõe a redução gradual da exclusividade dos Correios. Se aprovado, este PL pode agravar ainda mais a situação financeira da empresa, já que ela enfrentaria dificuldades para manter sua infraestrutura e continuar prestando serviços de qualidade para toda a população. Por isso, é essencial que o debate sobre a preservação dos serviços prestados pelos Correios seja aprofundado, de forma a proteger os interesses da população.
A FINDECT entende que o Ministro reconheceu a necessidade de subsídio cruzado, onde as áreas mais lucrativas sustentam as menos rentáveis. Isso é essencial para que os Correios continuem a atender as regiões mais carentes e prestar um serviço de qualidade. Porém, é preciso que esse conceito seja colocado em prática por meio de um planejamento estratégico e de investimentos contínuos, para garantir que a empresa permaneça forte e capaz de cumprir seu papel.
Outro ponto fundamental é que o governo implemente a regulamentação da Lei que garante a preferência dos Correios nas contratações públicas, o que daria mais estabilidade financeira à empresa e garantiria que o serviço prestado aos brasileiros fosse contínuo e de qualidade. A FINDECT reforça que, para que os Correios continuem sendo um pilar estratégico do país, é necessário um projeto de revitalização, que envolva não só a preservação do monopólio nas áreas essenciais, mas também a modernização e o investimento em sua infraestrutura.
A ação do governo, em conjunto com os trabalhadores, é crucial para que os Correios se fortaleçam e sigam cumprindo seu papel vital na economia e na integração do Brasil. O Ministro reconheceu a importância da empresa, e agora é hora de agir para garantir que os Correios continuem a prestar serviços essenciais a todos os brasileiros.