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Divulgação tardia do Concurso Público dos Correios não supre déficit de vagas e aumenta desconfiança da categoria

Publicado em 12/09/2024 16:55

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A FINDECT critica a insuficiência de vagas e a demora na divulgação do concurso, reforçando a necessidade urgente de ampliação das contratações para melhorar as condições de trabalho e o atendimento à população.

Após 13 anos de espera, os Correios finalmente anunciaram a banca organizadora do novo concurso público. O Instituto Brasileiro de Formação e Capacitação (IBFC) foi escolhido para coordenar o processo seletivo, que prevê a abertura de 3.468 vagas, sendo 3.099 para nível médio (Agente de Correios) e 369 para nível superior (Analista de Correios). Apesar desse avanço, a FINDECT e os sindicatos filiados expressam uma crítica contundente à quantidade de vagas, considerada insuficiente para suprir o enorme déficit de mão de obra na empresa, além de apontarem a divulgação tardia da banca como um fator de desconfiança entre os trabalhadores.

A realização desse concurso público foi uma promessa da atual gestão dos Correios durante as negociações do Acordo Coletivo de Trabalho de 2023. No entanto, a divulgação da banca apenas em setembro de 2024 levanta questionamentos sobre o compromisso da empresa em cumprir com os prazos estipulados. As inconsistências observadas nas negociações do acordo coletivo, aliadas à falta de clareza, deixaram a categoria ecetista insegura quanto à execução das contratações prometidas para iniciarem em dezembro.

Os Correios enfrentam um déficit que já ultrapassa dezenas de milhares de vagas desde o último concurso, realizado em 2011. Ao longo dos anos, a sobrecarga de trabalho e a precarização das condições laborais se tornaram preocupações constantes. O número de vagas oferecidas no novo concurso é, sem dúvida, insuficiente para sanar essa defasagem, e o adiamento da divulgação da banca só reforça a percepção de que os compromissos firmados podem não ser cumpridos.

Para a FINDECT, a realização de um novo concurso público é uma das pautas prioritárias. O ingresso de novos trabalhadores é fundamental para aliviar a sobrecarga dos funcionários atuais e garantir a melhoria dos serviços prestados à população. Sem um quadro funcional adequado, os Correios continuarão a enfrentar problemas operacionais, o que compromete a qualidade do atendimento e a agilidade na entrega de correspondências e encomendas.

A entidade também destaca que o fortalecimento dos Correios, retirados da lista de privatizações pelo atual governo, depende de um planejamento mais eficaz para recompor os quadros da empresa. A expectativa de que as contratações comecem em dezembro de 2024, conforme prometido no Acordo Coletivo, mas o número de vagas não acalma a categoria, que segue desconfiada após seguidas promessas não cumpridas. A falta de compromisso e a inconsistência nas negociações do acordo de 2023 deixam claro que os trabalhadores têm motivos para se preocupar.

Por isso, a FINDECT e os sindicatos filiados seguem vigilantes, cobrando que a empresa cumpra os prazos estabelecidos e amplie o número de contratações. Apenas com um quadro de funcionários completo, será possível melhorar tanto as condições de trabalho quanto a qualidade dos serviços oferecidos à sociedade. É preciso lembrar que, além de atender as demandas da categoria, esse processo seletivo é essencial para a própria sustentabilidade da empresa, que deve continuar a prestar serviços públicos de excelência.

A luta por um concurso público robusto, que contemple as reais necessidades dos Correios, é uma das bandeiras fundamentais da FINDECT. Seguiremos pressionando para que, desta vez, o acordo seja cumprido na íntegra, garantindo as contratações em dezembro e a recomposição necessária do quadro de trabalhadores.

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