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Em Audiência Pública na CCTCI, FINDECT defende os Correios públicos e a categoria

Publicado em 18/05/2021 15:39

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A Comissão de Ciência e Tecnologia (CCTCI) realizou audiência pública sobre a organização e manutenção dos serviços postais, com foco no PL 591/21 (marco legal do setor postal) e no PL 7488/17 (quebra do monopólio postal) na segunda, 17 de maio, ocasião em que a FINDECT contestou argumentos de representante do governo e defendeu o Correio estatal!

A audiência comandada pelo deputado Bira do Pindaré (PSB Maranhão) na segunda, 17 de maio, foi mais um momento importante para a defesa da empresa pública e da categoria, colocando em relevo questões como a falta de sentido de privatizar uma empresa que dá lucro e é essencial para a nação e seu povo, e a destruição do serviço postal em mais de 5 mil municípios que ela representaria.

O Presidente da FINDECT, José Aparecido Gimenes Gandara, fez a defesa dos Correios e da categoria. Como nas audiências anteriores, ressaltou que as empresas privadas querem controlar a entrega de encomendas onde dá lucro e terceirizar os Correios para entregar em localidades de difícil acesso.

Denúncia e resposta ao governo

Gandara também denunciou a falta de funcionários na empresa e destacou que é necessário aumentar o corpo funcional para melhorar a eficiência. E deixou claro que, se houver privatização, o apagão postal será inevitável na maior parte dos municípios do país, a universalização não será garantida e haverá perda de eficiência.

Essas questões responderam ao Secretário Executivo do Ministério das Comunicações, Vitor Menezes. Ele representou o presidente militar da ECT, que não teve coragem até agora de aparecer num debate.

Menezes afirmou que o objetivo do governo é impor uma nova regulação ao setor, baseada no fim do monopólio e do subsídio cruzado e com a abertura ao capital privado, a partir da concessão. Para ele isso é modernização.

Só não pôde dizer que o PL nada tem a ver com a privatização, porque o Deputado Bira do Pindaré já deixara claro que o PL 591/21 não trata da privatização, mas abre os caminhos para o governo fazê-la à revelia do Congresso e do povo brasileiro.

Discurso irreal

Gandara deixou claro que o discurso governista é irreal, feito para convencer quem não conhece os Correios e a realidade do país e defende a privatização como um dogma.

O PL 591, se aprovado, vai promover um apagão postal, devido justamente ao que Menezes apontou como modernização. É destruição dos Correios e entrega do setor postal às empresas privadas, nada mais que isso.

Defesa e ataque

Os deputados Glauber Braga (PSOL/RJ), Jandira Feghali (PCdoB/RJ) e Alencar Santana Braga (PT/SP) também se manifestaram contrários à privatização da ECT e na defesa da categoria.

Já o deputado Alexis Fonteyne (NOVO/SP) reforçou seu posicionamento favorável aos dois projetos que visam abrir os caminhos da privatização.

Sem argumentos consistentes para defender suas posições, preferiu atacar os trabalhadores e os sindicatos, reproduzindo o discurso de ódio dos seguidores do governo Bolsonaro.

Guilherme Campos, Ex-Presidente da ECT, também participou da audiência. Ele usou seu tempo para defender sua gestão, que nas suas palavras não teve defeitos. Mas ressaltou que os Correios não dependem dos recursos da união e salientou que o subsídio cruzado é a melhor forma de garantir a universalização, tendo em vista que os recursos que poderiam ser arrecadados atendem as populações mais distantes dos centros urbanos.

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