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BNY Mellon e Postalis ainda tentam acordo para ressarcimento

Publicado em 08/03/2016 10:50

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A briga entre o Postalis e o BNY Mellon para reparar eventuais prejuízos por suposta má gestão do banco americano na administração de investimentos do fundo de pensão do Correios ainda não teve um desfecho. Na terça-feira, 1º de março, a instituição financeira e o fundo tiveram reunião reservada no âmbito da CPI de fundos de pensão, da Câmara dos Deputados.

Uma proposta do Postalis debatida na ocasião, segundo relatos, seria a possibilidade de o BNY permanecer com  os ativos e desembolsar aproximadamente R$ 5 bilhões o equivalente ao total investido em ativos administrados pelo banco, em valores corrigidos.

Outra solução sugerida pelo fundo de pensão poderia ser o banco pagar cerca de R$ 3,5 bilhões, em valores aproximados, absorvendo ativos, ainda a serem resgatados, equivalentes a cerca de R$ 1,5 bilhão. Os valores foram estimados, levando-se em consideração o cálculo atuarial do que tinha sido aportado e o que está na carteira do banco.

Segundo as partes envolvidas, o BNY Mellon manteve disposição em negociar um ressarcimento de R$ 95 milhões, cifra com a qual o Postalis diz não aceitar negociar.

A possibilidade de um acordo foi debatida na reunião da CPI de fundos de pensão na última semana, quando o presidente para a América Latina do BNY Mellon, Eduardo Koelle, disse concordar com a tentativa de acordo via CPI de fundos de pensão uma sugestão do relator da comissão, deputado Sérgio Souza (PMDBPR).

Procurado, o Postalis disse que “mais uma vez tentou estabelecer um acordo e isso não aconteceu”. Espera, porém, que um atendimento ocorra nos próximos dias. Já o BNY Mellon se disse aberto a tentar alcançar uma solução satisfatória para situação do Postalis, embora alegue não ser responsável pelos prejuízos causados ao fundo.

“Alegações de que o BNY Mellon seja responsável pelas perdas do Postalis não refletem a realidade”, informou o banco. “Apesar disso, conforme já informado anteriormente, o BNY Mellon permanece aberto a tentar alcançar uma solução satisfatória para todas as partes”.

Na última quarta-feira, 2 de março, a Câmara aprovou pedido de prorrogação por mais 30 dias das atividades da CPI dos fundos de pensão. O colegiado entende que com a proximidade do encerramento das atividades, cabe aos parlamentares apontar soluções para reparação de prejuízos e melhoria da gestão de fundos de pensão, mais do que propor indiciamentos.

Notícia Publicada no dia 03/03/2016

Reprodução: Valor Econômico

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