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3 de novembro: 92 anos da instituição do voto feminino e a luta pelo exercício da cidadania

Publicado em 03/11/2022 09:48

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Hoje faz 92 anos que as brasileiras podem, oficialmente, votar. Isso significa que muitas de nossas avós, bisavós ou até mesmo nossas mães não puderam eleger seus representantes, embora fossem obrigadas a viver sob o comando deles. O que hoje é um direito de todos, independente de raça, gênero ou opção sexual, antes era um privilégio de homens brancos e ricos.

A secretaria de mulheres da FINDECT ressalta que apesar do atraso histórico gerado pelo machismo, nos dias atuais mulheres se posicionam de forma participativa representando 52,65% do eleitorado brasileiro.

Apesar de ser maioria no eleitorado, as mulheres brasileiras têm baixa representatividade na política. Um estudo realizado pela União Interparlamentar, organização internacional responsável pela análise dos parlamentos mundiais, mostra que dentre 192 países, o Brasil aparece na 142° colocação do ranking de participação de mulheres na política nacional.

O voto feminino é resultado de muitas lutas em décadas de mobilizações

A pressão social impulsionada pelo movimento sufragista europeu, obrigou a instituição legal do voto feminino durante o governo do então presidente Getúlio Vargas. Ainda assim, as condições eram limitadas: só as mulheres casadas podiam exercer sua liberdade democrática e, para completar, somente quando autorizadas por seus maridos.

A revolução se deu graças às sufragistas, mulheres brancas e negras, ricas e pobres que se uniram em prol de um objetivo: conquistar o direitos que lhes eram cabidos, inclusive o de votar e ser votada. O dia 03 de novembro relembra essa luta e tem o intuito de valorizar esse movimento de protagonismo feminino tão importante para a igualdade social e política no Brasil.

A partir deste momento, uma série cronológica de fatos se deu antes que as mulheres pudessem, de fato, votar. A promulgação do voto feminino, propriamente dito, foi realizada só dois anos depois, em 1932, mas foi em 1934 que as restrições para que as mulheres participassem do processo democrático foram derrubadas.

Essa conquista só foi possível por meio da militância dos movimentos feministas da época, principalmente na figura da bióloga Bertha Lutz e da militante Maria Lacerda de Moura.

A celebração dessa data se deu por meio de muita resistência e conquistas, durante esses 92 anos a sociedade avançou. O reflexo desses avanços estão presentes na participação das mulheres nas urnas e nas instituições políticas – como Câmara e Senado, por exemplo – existe hoje uma série de ações afirmativas para incentivar que mulheres cheguem ao poder, como, por exemplo, uma regra que obriga os partidos a ter um percentual mínimo de candidaturas femininas. consequentemente, também nas câmaras e plenárias.

A eleição de 2022 foi a prova de que as mulheres foram essenciais para eleger Lula Presidente do Brasil.

Fonte: Findect

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