3 de Novembro: Celebrando a história de luta e o direito de voto das Mulheres no Brasil
Publicado em 03/11/2023 10:57
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A data de 3 de novembro é um marco na história do Brasil, quando o Direito de Voto das Mulheres foi instituído, resultado de uma longa jornada liderada por mulheres corajosas que moldaram a política do país.
O 3 de novembro é uma data que brilha na história do Brasil, marcando a Instituição do Direito de Voto das Mulheres no país. Em 1930, o Brasil deu um passo significativo rumo à igualdade de gênero, permitindo que as mulheres exercessem plenamente seu direito de participar ativamente do processo democrático.
Essa conquista não veio sem uma árdua batalha. A Constituição de 1891 inicialmente desconsiderou o direito de voto das mulheres, desencadeando uma luta que perdurou por décadas. Inspiradas por movimentos internacionais, como o sufragismo, mulheres brasileiras lideraram essa jornada. Nomes notáveis como Bertha Lutz, líder da Federação Brasileira pelo Progresso Feminino (FBPF), e Laudelina de Campos Melo, que dedicou sua vida à luta pelos direitos trabalhistas e femininos, se destacaram nessa batalha. Outras sufragistas, como Celina Guimarães Viana e Maria Werneck de Castro, também deixaram um legado significativo na conquista do voto feminino.
Apesar das conquistas e progressos alcançados desde então, desafios significativos persistem. Mesmo que as mulheres constituam a maioria tanto na população (51,1%) como no eleitorado (52,62%), a disparidade de gênero no cenário político ainda é evidente. Dados recentes do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) revelam que a maioria dos filiados aos partidos políticos são homens, representando 53,8% do total, enquanto as mulheres correspondem a 46,2%.
Essa desigualdade se reflete nas Eleições Gerais de 2022, onde 9.891 mulheres se candidataram. No entanto, apenas 311 delas foram eleitas, representando somente 18,2% do total de eleitos. Esses números ressaltam a necessidade contínua de promover a representatividade feminina na política e na sociedade em geral.
Como Telma Milhomem, diretora das mulheres da FINDECT, enfatiza: “Precisamos continuar trabalhando incansavelmente para que as mulheres ampliem sua participação na política. A representatividade feminina não é apenas uma questão de justiça, mas também enriquece o debate político e traz perspectivas cruciais para a tomada de decisões.”
A celebração do 3 de novembro nos lembra das conquistas do passado e, ao mesmo tempo, destaca o caminho que ainda precisa ser percorrido. A igualdade de gênero não é apenas um princípio fundamental, mas também um ingrediente essencial para uma democracia verdadeira e justa. O legado da luta das mulheres pelo direito ao voto nos inspira a continuar trabalhando incansavelmente para alcançar uma sociedade onde todas as vozes sejam igualmente ouvidas e representadas. É um compromisso coletivo em direção a um futuro mais igualitário e inclusivo.