Correio privatizado vai a falência na Argentina e mostra que o Brasil não pode cair nessa
Publicado em 08/07/2021 19:57
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Foi mais uma prova de que o modelo brasileiro é vitorioso, pois permite atender o país inteiro, prestar serviços sociais e dar lucro, e que se quebrar o monopólio, mudar o marco legal e privatizar como quer o governo Bolsonaro, o resultado vai ser o controle das grandes empresas nos centros lucrativos, apagão postal na maior parte do país, fim dos Correios brasileiros e enorme prejuízo para a população, a economia, a soberania e a integração da nação brasileira!
E por que um governo faria isso? E ainda mentindo que é para melhorar, baixar preços, ampliar e universalizar o atendimento, justamente o contrário do que vai acontecer.
Porque é um governo voltado a evitar a cadeia que o presidente e seus filhos. E que está a serviço do sistema financeiro e bancário, que sobrevive e ganha muito com especulação de ações de empresas na bolsa de valores. E das grandes empresas que querem ampliar seus lucros controlando setores que hoje são geridos por estatais, como o postal.
Se o governo conseguir aprovar os PLs 591 e 7488 e depois encaminhar a privatização, com modelo já definido pelo BNDES com ajuda da consultoria Accenture, investigada por superfaturar contrato com os Correios e não entregar serviços, o apagão postal será inevitável.
Empresas privadas nacionais e transnacionais dominarão todo setor postal nos grandes centros, os lucrativos. Uma empresa de Correios privatizada não vai sobreviver se tiver que atender os demais locais, como ocorreu na Argentina. Lá teve ainda problema de corrupção política coma família do ex-presidente – veja mais sobre a falência do Correio Argentino AQUI.
É inconstitucional
Além disso a Constituição Federal não permite privatizar os Correios, como reconheceu o insuspeito Procurador Geral da União colocado por Bolsonaro, Augusto Aras, em recente parecer pedido pelo STF, a partir de Ação de Inconstitucionalidade impetrada pela Adcap.
A Constituição de 1988 determina no art. 21, X, que “compete à União manter o serviço postal e o correio aéreo nacional”. Os motivos são a garantia da universalização, que é o atendimento igualitário a todos os brasileiros, e de segurança interna.
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