Correios rejeita proposta do TST, propõe retrocessos e Ministro marca julgamento
Publicado em 13/09/2021 19:06
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A direção da empresa disse não à proposta de conciliação apresentada em reunião na sexta, 10/09, pelo Ministro do TST relator do processo aberto pela ECT, Alexandre Belmonte, trouxe uma contraproposta ruim e empurrou a decisão da Campanha Salarial 2021 para julgamento que ocorrerá no dia 20 de setembro.
A tentativa da FINDECT e dos Sindicatos filiados de chegar a um acordo para a Campanha Salarial deste ano, e evitar um julgamento, foi intensa. Buscaram o diálogo insistentemente, como parte do jogo democrático.
A direção da ECT, por outro lado, dificultou como pôde. Enrolou, apresentou uma provocação com reajuste zero em vez de proposta e depois entrou com pedido de julgamento da abusividade de uma greve que praticamente não existiu.
Com consciência e boa vontade, o Ministro do TST, Alexandre Belmonte, apresentou uma proposta na reunião de 10/09, e marcou nova tentativa de conciliação nessa segunda, 13/09. Os representantes da direção militar da empresa mantiveram a intransigência, recusaram a conciliação com proposta de reajuste parecendo carnê das Casas Bahia e forçaram o julgamento.
Proposta do Ministro Relator:
• 100% do INPC retroativo a agosto;
• Reajuste do INPC nas funções gratificadas com reflexo nos demais adicionais;
• Reajuste do INPC no Vale alimentação com inclusão 4 folhas tickets;
• Acesso dos dirigentes por 30 minutos no horário de almoço em dias pré estabelecidos;
• Liberação de dirigentes sindicais com ônus para a empresa conforme ACT 2019/2020;
• Participação do Sindicato nos processos disciplinar administrativo;
Contraproposta apresentada pela direção da ECT:
• Reajuste da inflação do período medida pelo INPC parcelada tipo crediário das Casas Bahia, sendo:
-50% Agosto retroativo agosto / 2021;
-25 % outubro / 2021;
-25% dezembro / 2021;
• Inclusão do Banco de horas;
• Não pagamento dos 15% aos sábados.
A empresa quer dar o chapéu nos trabalhadores e no TST
O ministro Alexandre Belmonte, vendo que a direção da empresa não queria acordo, determinou o julgamento do dissídio coletivo para o próximo dia 20 de setembro. Entendeu que não houve nenhum avanço ou disposição da empresa ceder em alguma das cláusulas.
A expectativa da FINDECT, dos Sindicatos e de toda a categoria é que a proposta do Ministro seja reafirmada no julgamento, garantindo um mínimo de justiça para essa categoria que está sofrendo ataques imensos há anos, com retirada de direitos, excesso de serviço, pressão de todo tipo, adoecimento físico e mental.
As Diretorias da Federação e dos Sindicatos chamam todos a estarem intensamente mobilizados para o julgamento e para a análise que será feita na sequência pela categoria. Todos na luta!