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Brasil em estado caótico 5: Pobres pagam a conta e bilionários lucram mais

Publicado em 09/03/2022 12:40

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● A FINDECT produziu uma série intitulada “Brasil em estado caótico”, para numa sequência de artigos ajudar os trabalhadores a compreenderem as causas da crise econômica e do desmonte dos serviços públicos que atingem o país e a importância do debate político para 2022.

● Desemprego, precarização, volta da fome, inflação, mais pessoas vivendo nas ruas, aumento dos casos de covid, saúde colapsada e falta de perspectiva de melhoria é o quadro em que figura o Brasil nesse início de 2022 como resultado das opções e políticas governamentais. Essa situação, que precisa mudar, será discutida nos artigos. Acompanhe!

Política econômica tira dos pobres e dá aos ricos

O governo só adota a resposta convencional de elevação dos juros para conter a inflação. Não ataca os problemas estruturais do país nem a alta dos custos de produção.

Os responsáveis do Ministério da Economia dizem que aumentar juros é suficiente. Mas a realidade é que isso piora ainda mais a desindustrialização do país e o desemprego e diminui a renda na mão do povo, o que desaquece a economia como um todo.

Com essa política, o governo escolhe quem vai ganhar e quem vai perder.

Os pobres são atingidos pelo desemprego, pela fome, pelo desmonte da saúde pública e outros serviços e são obrigados a habitar as ruas. E mesmo a classe média-alta nas regiões metropolitanas do Brasil começa a ser afeta com maior força, com perda na renda do trabalho.

E quem ganha? As empresas que puxam o processo de remarcação de preços. Seus proprietários. As empresas, empresários e especuladores em geral que conseguem proteger sua parcela na renda por meio de outros mecanismos, como as aplicações financeiras.

Mas enquanto a fome avança o número de bilionários cresce no Brasil, o que mostra que a situação atual piora a distribuição de renda e aumenta a concentração da riqueza nas mãos de quem já tem muito, enquanto tira do povo.

O número de super ricos no país saltou de 45, em 2020, para 65, em 2021. Juntos, eles detêm 219,1 bilhões de dólares, aproximadamente R$ 1,2 trilhão, quase o PIB do país. No período pandêmico, essa riqueza quase dobrou; eram 127,1 bilhões de dólares no ano passado. A subida foi de 71%.

● Para saber mais, leia a matéria ‘Crise alcança renda média-alta após castigar pobres nas metrópoles’ da Folha de São Paulo

● Leia também a matéria ‘Enquanto fome avança, número de bilionários cresce no Brasil, e seu patrimônio dobra’ do Brasil de Fato

Essa situação tem que mudar, e isso depende da organização, da mobilização, da unidade e das lutas dos trabalhadores e de uma participação crítica, propositiva e consciente no processo eleitoral que se dará esse ano.

No 6º episódio da série, pensaremos no futuro.

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