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Amanhã é o Dia da Consciência Negra e da resistência do povo negro

Publicado em 19/11/2024 14:51

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A luta de Zumbi, Dandara e tantos outros continua: é tempo de refletir, agir e transformar.

O dia 20 de novembro é um marco na história do Brasil. Não se trata apenas de uma data comemorativa, mas de um dia para relembrar a luta e a resistência do povo negro contra a opressão que, desde os tempos da escravidão, tenta apagar suas histórias, culturas e direitos. A Federação Interestadual dos Trabalhadores e Trabalhadoras dos Correios (FINDECT) se une a essa causa, reforçando a importância da luta pela igualdade racial e pelo fim do racismo estrutural.

O legado de Palmares e a força de Zumbi e Dandara

A história do Quilombo dos Palmares, liderado por Zumbi e Dandara, é símbolo de resistência e esperança. Localizado na região da Serra da Barriga, em Alagoas, Palmares abrigou milhares de negros que fugiram da escravidão, tornando-se uma comunidade organizada e próspera no período colonial. Sob a liderança de Zumbi, que rejeitou acordos que mantinham outros negros em escravidão, o quilombo se tornou um exemplo de luta por liberdade e dignidade.

Dandara, companheira de Zumbi, também foi uma líder fundamental. Sua atuação como estrategista e defensora dos direitos das mulheres negras mostra que a luta de Palmares ia além do campo de batalha, abrangendo a construção de uma sociedade igualitária. Mesmo diante da repressão violenta, Palmares resistiu por mais de um século, provando que a força do povo negro está na sua união e determinação.

A luta não acabou: líderes de ontem e de hoje

A abolição formal da escravidão em 1888 não trouxe liberdade plena. A herança do racismo estrutural perpetua desigualdades que ainda hoje afetam a população negra no Brasil. No entanto, assim como Zumbi e Dandara, muitos outros líderes têm se levantado contra essas injustiças.

No Brasil, personalidades como Abdias do Nascimento, que fundou o Teatro Experimental do Negro, e Lélia Gonzalez, ativista e intelectual que defendeu os direitos das mulheres negras, deixaram um legado importante. Internacionalmente, figuras como Martin Luther King Jr., que liderou o movimento pelos direitos civis nos Estados Unidos, e Nelson Mandela, que lutou contra o apartheid na África do Sul, inspiram gerações.

Hoje, nomes como Djamila Ribeiro, filósofa e escritora, e Douglas Belchior, ativista do movimento negro, continuam a denunciar as desigualdades e propor mudanças estruturais. Cada uma dessas vozes reforça a necessidade de políticas públicas que combatam o racismo, promovam a equidade e valorizem a cultura afrodescendente.

Consciência e ação: um compromisso de todos

O Dia da Consciência Negra é mais do que um momento de reflexão; é um chamado à ação. É um lembrete de que a luta do povo negro não é só do passado, mas do presente e do futuro. Mesmo representando mais da metade da população brasileira, a comunidade negra ainda enfrenta dificuldades desproporcionais no acesso à educação, saúde, moradia e trabalho.

O racismo estrutural não é uma questão individual, mas uma construção histórica que exige o esforço coletivo para ser desconstruída. A FINDECT reafirma seu compromisso com essa luta, promovendo ações que valorizem a diversidade e combatam a discriminação em todos os espaços, incluindo o mundo do trabalho.

Por um futuro de igualdade e justiça

Zumbi dos Palmares morreu em 20 de novembro de 1695, mas seu espírito de luta permanece vivo. Ele e Dandara nos ensinaram que a liberdade e a igualdade são conquistas diárias, que exigem coragem e resistência. A história do povo negro no Brasil é uma história de superação e contribuição inestimável para a cultura e o desenvolvimento do país.

Neste Dia da Consciência Negra, a FINDECT convida a todos e todas a se unirem nessa causa, a combaterem o racismo em todas as suas formas e a construírem uma sociedade onde a igualdade não seja apenas um ideal, mas uma realidade.

A luta continua, e juntos somos mais fortes.

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