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ECT começa Campanha Salarial propondo REAJUSTE ZERO!

Publicado em 05/07/2021 20:58

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A direção da ECT começou a negociação como em anos anteriores, desrespeitando os trabalhadores e seus Sindicatos e apresentando absurdos como reajuste zero em meio a inflação alta, banco de horas para trabalhadores que estão labutando de domingo a domingo e manutenção do Acordo Coletivo como está, sem a volta do que foi roubado da categoria!

Se alguém tinha expectativa de que viria algo decente, sério, respeitoso, verdadeiro e com o mínimo de reconhecimento e valorização à categoria, se frustrou de cara.

Na reunião realizada na segunda, 05 de julho, a direção militar da ECT mostrou mais uma vez que é igualzinha ao governo que a indicou e que ela apoia. Como ele, engana, sonega informações, distorce a realidade, só age em seu próprio benefício e interesse e faz de tudo para empobrecer, explorar e acabar com os direitos dos trabalhadores.

Em 3 horas dessa primeira reunião, os prepostos do general nada disseram que mereça nota. Só vieram com o reajuste zero apesar da inflação que não para de subir e da empresa ter apresentado lucro recorde. Com um banco de horas sem noção porque ela está obrigando a categoria a trabalhar de domingo a domingo e deve muitas horas. E com a manutenção do acordo da vergonha, do qual foram roubados vários direitos da categoria em plena pandemia, com a empresa se aproveitando da situação gerada pela doença e pelo negacionismo criminoso do governo.

Mais duas reuniões estão marcadas. Mas depois desse disparate, fica difícil ter esperança de que algo mude. Tudo indica que essa Campanha Salarial vai no mesmo caminho das anteriores, com greve da categoria e mediação do TST. Por isso a mobilização começa já!

Tática do enrola, provoca e ataca

Na reunião anterior, em 1º de julho, os sinais de desrespeito já foram dados com imposições e dificuldades ao diálogo. A repetição dos anos anteriores ficou evidente e agora foi confirmada.

De cara, os prepostos da direção militar apresentaram um calendário fechado, prevendo o final das negociações em 16 de julho. E agora vem com essa provocação que sequer merece ser chamada de proposta.

É a mesma tática doentia das últimas campanhas. Na última, alegou prejuízo financeiro e, sem provar, impôs com ajuda da justiça o fim de dezenas de itens do Acordo Coletivo, entre eles conquistas históricas da categoria. O mesmo que ocorrera em 2019, quando ela apelou ao STF, depois do TST negar em julgamento a maior parte de suas imposições à categoria.

Além disso, a empresa já começou dificultando a participação dos Sindicatos nas negociações e se recusando a discutir itens que tratam dos números alarmantes de contágio, adoecimento e mortes pela Covid-19 na categoria.

Autoritarismo e desrespeito à dignidade e à vida do trabalhador, pois ela está negando a pandemia, obrigando ao trabalho diário sem sequer garantir condições adequadas de segurança, higiene e afastamento social, e se recusando a atuar pela vacinação antecipada dos ecetistas.

Também não quer discutir as convocações para os finais de semana e feriados, arbitrárias e abusivas, realizadas sob pressão e ameaças contra a legislação e até mesmo os próprios manuais e portarias da Empresa.

A ilegalidade e a arbitrariedade ficam ainda mais flagrantes com o não pagamento pela empresa dos dias trabalhados e os vales refeição a eles referentes, aos quais o trabalhador tem direito, assunto que ela também se nega a discutir os problemas.

Tal qual o governo

A atitude da direção militar da empresa é similar à do governo que ela representa e segue, cujas ações erráticas e irresponsáveis no trato da pandemia só vieram ao debate com a abertura de uma CPI que abriu a ferida e também está trazendo à tona crimes e corrupção. E que a cada dia fica mais enlameado com revelações como a proposta de compra superfaturada da vacina Covaxin e a rachadinha do Jair.

A FINDECT e os Sindicatos chamam a mobilização da categoria desde já. Os trabalhadores estão abertos ao diálogo e à negociação como sempre. E apelam para a direção da empresa rever sua posição, não impor o impasse, não argumentar prejuízo frente ao maior lucro da história e não querer roubar ainda mais direitos da categoria.

Todos na luta desde já!

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