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Eletricitários em greve: a semelhança da luta dos trabalhadores de empresas estatais e públicas

Publicado em 12/06/2018 14:45

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Nesta segunda, terça, até quarta-feira (13), os trabalhadores e trabalhadoras da Eletrobras, de norte a sul do país, realizam uma greve nacional onde denunciam o programa entreguista e de desmonte do setor elétrico, patrocinado pelo governo Temer.

O aniversário de 56 anos da estatal de energia foi lembrado pelos eletricitários da capital do país com um bolo na sede da Empresa, onde reverenciaram o papel da Eletrobras para o desenvolvimento nacional e denunciaram o pacote de privatizações, anunciado por Temer e que colocou uma das principais responsáveis pela infraestrutura do país – a Eletrobras – no pacote de presentes ao capital privado.

O Sindicato dos Urbanitários do Distrito Federal – STIU-DF informa que a Eletrobras é responsável por mais da metade da energia elétrica consumida no país, controla 47 hidrelétricas, 114 térmicas, 69 eólicas e distribuidoras de energia de seis estados, além de gerir o programa Luz Para Todos, que já levou energia elétrica para mais de 15 milhões de brasileiros.

Pinto e Parente: duas faces da mesma moeda

Diversas entidades, lideranças políticas e sociais participam dos atos em apoio aos eletricitários que acontecem na sede da Eletrobras, em Brasília. Nele os trabalhadores e trabalhadoras ressaltam que a política implementada pelo presidente da estatal, Wilson Pinto, se iguala ao que foi feito por Pedro Parente na Petrobras, cujo objetivo é preparar as bases para a entrega do patrimônio brasileiro aos grandes interesses capitalistas internacionais.

“Pinto e Parente são duas faces de uma mesma moeda. A nossa mobilização está repercutindo com muita força e acreditamos que através da luta, teremos conquistas. Com a nossa pressão, já garantimos uma reunião com o Presidente da Câmara dos Deputado, que acontecerá nesta terça-feira (12) e acreditamos que ele trará alguma proposta”, afirma o diretor do STIU-DF, Vitor Frota.

O dirigente sindical também informa que a paralisação integra a Campanha Salarial da categoria e que a defesa da empresa é o centro da luta. “Na nossa avaliação a unidade da categoria, deve ser agregada com todas as entidades sindicais, especialmente de outras empresas públicas e estatais, além dos movimentos sociais. Somente através da união da classe trabalhadora, conseguiremos derrotar o projeto de sucateamento do Brasil”, conclama Frota.

Eletrobras e Correios

Qualquer semelhança não é mera coincidência

“A luta dos eletricitários em defesa da Empresa não é diferente da nossa luta em defesa dos Correios”, afirma José Aparecido Gimenes Gandara, presidente da Federação Interestadual dos Sindicatos dos Trabalhadores e Trabalhadoras dos Correios – FINDECT. “Por isso, defender a infraestrutura do país, as empresas estatais e públicas e a luta dos trabalhadores, encontra na FINDECT uma parceira” garante o presidente.

Elias Brito (Diviza), vice-presidente da FINDECT e presidente do Sintect/SP afirma que a unidade da classe trabalhadora é fundamental para a conquista de direitos e melhorias nas condições de vida. “Somos solidários a luta dos trabalhadores da Eletrobras e estaremos juntos na defesa do país, contra a política entreguista e anti-povo do ilegítimo Temer”, disse.

 

Sônia Corrêa

Correspondente da FINDECT em Brasília

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