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Em debate com a ECT, FINDECT cobra ações imediatas e com participação dos Trabalhadores

Publicado em 01/02/2016 09:42

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Na última quarta-feira, 27 de janeiro ocorreu mais um encontro dos Dirigentes da FINDECT, Sindicatos filiados (SINTECT-SP, RJ, RO, To e SINDECTEB-Bru) com a nova direção executiva dos Correios. Na pauta das discussões, a reestruturação da estatal, que passa por uma grave crise financeira e operacional, DDA e Entrega Matutina foram os assuntos mais debatidos.

Deixamos claro, durante discussão com a nova diretoria, que buscamos a garantia que a recuperação da empresa seja feita sem prejuízos ao trabalhador. Desde que o novo presidente, Giovanni Queiroz, assumiu os Correios, em novembro do ano passado, FINDECT e sindicatos filiados vêm mantendo reuniões mensais com a direção executiva na capital federal, contribuindo com propostas de melhorias e fiscalizando as ações de mudança.

Na ocasião, a nova equipe administrativa apresentou um balanço sobre a situação das contas da empresa. Segundo os dados divulgados, a previsão de receita para este ano é de R$20 bilhões. No entanto, as despesas devem atingir a casa dos R$23 bi. Diante disso, a diretoria discutiu os representantes um plano inicial de ações para reduzir gastos e resolver problemas operacionais. A proposta contempla, entre outras coisas, a otimização da rede de atendimento e de negócios nas despesas com saúde, indenizações, publicidade e patrocínio, custeio administrativo, investimentos e ativos.

O presidente ouviu opinião e sugestões do grupo e prometeu fazer um relatório mensal das ações, observando com cuidado a questão dos trabalhadores. Para ele, a intenção da sua gestão também é a de recuperar a empresa preservando os seus funcionários.

Elias Cesário (o Diviza), presidente do SINTECT-SP, disse que a missão da FINDECT e dos sindicatos filiados é garantir que nesse processo de recuperação os trabalhadores não sofram danos. “Entendemos que a empresa não deve tocar nos salários nem nos direitos dos trabalhadores. Há um mês, por exemplo, a função dos supervisores e tesoureiros de agência foi extinta. Consideramos a atitude injusta e cobramos da direção a reintegração desses empregados nos respectivos cargos. A direção prometeu atender a nossa revindicação e vamos cobrar. A empresa tem muito mais gastos a enxugar na organização da área operacional e administrativa, que no quadro de funcionários. Estamos aqui para contribuir e apontar soluções que beneficiem os trabalhadores”, declarou.

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O presidente da FINDECT, José Aparecido Gandara, foi além e cobrou um comprometimento maior do Executivo com os Correios neste período de dificuldades. “O governo não pode virar as costas, dizendo que não tem dinheiro para socorrer a empresa. É responsabilidade do governo sim. A ECT precisa voltar a ter credibilidade pela importância e visibilidade que essa empresa tem e até pelo retorno político que ela dá”, afirmou.

Em relação a nova gestão, Gandara reconhece e considera positiva a atitude dos novos dirigentes em manter o diálogo e considerar as propostas das entidades sindicais, mas pede um empenho maior em promover a valorização do trabalhador da companhia.

“Todos os trabalhadores estão esperando um gesto motivador da direção dos Correios para voltar a acreditar em sua gestão. Sai-se de uma crise investindo também no trabalhador, nas condições de trabalho, nas unidades. Os trabalhadores construíram e carregam essa empresa nas costas há 350 anos. Viemos aqui para cobrar e ajudar, porque a ECT é nossa. Estamos aqui buscando, primeiramente, a dignidade e o reconhecimento da empresa para com os trabalhadores. Nunca tivemos este espaço que estamos tendo agora e não abriremos mão dele, vamos fazê-lo crescer mais. Nós da FINDECT e todos os mais 120 mil trabalhadores da ECT podemos e vamos contribuir com a reestruturação”, concluiu.

Desafio

Os dirigentes sindicais deixaram um desafio à nova gestão. “Para que a Empresa recupere sua estabilidade e volte a crescer é preciso o investimento na mão de obra trabalhadora. Para tanto, foi lançado o desafio para que os gargalos formados na empresa sejam acompanhados de perto, esses que são conhecidos pelos trabalhadores e ainda distantes dos novos gestores. “Convidamos os diretores à acompanharem a rotina dos Trabalhadores aqui em São Paulo e no Rio de janeiro. Somente assim terão uma dimensão real dos problemas diários enfrentados pelos companheiros e companheiras ecetistas. Verão que o DDA não funciona na prática, que ele somente trará prejuízos aos trabalhadores e à população em geral.” Afirma o Companheiro Diviza.

DDA/Entrega Matutina

Uma questão que vem gerando dúvidas e incertezas dos Trabalhadores é a ameaça de implantação do DDA, sem a participação da classe trabalhadora. Nós, da FINDECT, não aceitamos, e deixamos clara nossa posição em todos os momentos em que nos reunimos com a diretoria da Empresa, que a implantação do DDA seja uma maneira de punir e prejudicar os Trabalhadores. Recebemos diariamente questionamentos e reclamações dos Trabalhadores pedindo a não implantação da Distribuição Alternada. Veja as fotos de protesto dos Trabalhadores contra o DDA:

Reunião da Comissão de Entrega Matutina

No mesmo dia estivemos reunidos na comissão da Entrega Matutina. Novamente os representantes da FINDECT cobraram da ECT maior agilidade na implantação da EM nas unidades de sua base. Foi solicitado pelos representantes da federação que haja a ampliação da entrega matutina nas agências com distribuição, mesmo não estando previsto no ACT.

Também foi feito o pedido para a ampliação de unidades de SP e RJ, as duas maiores bases ecetistas, que representam mais da metade do fluxo postal do país. Após cobrança, conseguimos que fosse encaminhado, pelo representante do DEOPE, um memorando informando as unidades a possibilidade de realizar a triagem mista.

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