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EM REUNIÃO COM NOVA DIREÇÃO, FINDECT COBRA MAIOR PARTICIPAÇÃO DOS TRABALHADORES

Publicado em 15/01/2016 16:35

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A FINDECT e os representantes dos sindicatos de São Paulo, Rio de Janeiro, Bauru e Tocantins estiveram reunidos nesta terça (12) e quarta (13), em Brasília, com a nova diretoria executiva da Empresa de Correios e Telégrafos (ECT) para tratar de assuntos relacionados à reestruturação da estatal. O encontro faz parte do compromisso assumido pela nova gestão, por meio do presidente, Giovanni Queiroz, em ouvir e dialogar com os representantes dos Trabalhadores, a fim de discutir a atual situação dos Correios, que enfrenta um período de crise, bem como conhecer propostas de melhorias apresentadas pela categoria para a reorganização da ECT.

Na ocasião, a FINDECT, representada pelos companheiros Diviza – SINTECT-SP e Anézio Rodrigues (SINDECTEB), e os sindicatos filiados, representados por Silvio Prudêncio (Bauru), Ronaldo Martins (Rio de Janeiro) e José Rufino(Tocantins), cobraram o cumprimento do acordo feito no Tribunal Superior do Trabalho (TST) sobre a última greve de funcionários dos Correios, ocorrida ano passado. A paralisação foi encerrada por meio do compromisso de compensar as horas não trabalhadas durante a interrupção das atividades num período de 90 dias, após a assinatura do acordo coletivo. Nesta quarta, a Federação esteve ainda no TST, onde encaminhou ofício ao ministro Ives Gandra, reivindicando o cumprimento do compromisso firmado com a classe.

Concurso Público 2011:

Uma das principais pautas discutidas com a nova direção foi a admissão dos aprovados no concurso dos Correios em 2011. A FINDECT questionou a ECT o motivo de trabalhadores que integravam o cadastro reserva do concurso terem recebido um comunicado da empresa de que poderiam ser demitidos, devido a um relatório do Tribunal de Contas da União (TCU) contestando as contratações.

O Ministério Público pediu explicações à ECT por contratar funcionários terceirizados no lugar dos trabalhadores aprovados no concurso, que aguardavam o chamado. A FINDECT defendeu a posição da entidade, de que nenhum trabalhador seja demitido arbitrariamente.

Outros assuntos, como problemas operacionais, corte de funcionários, fechamento de agências, Postal Saúde, DDA (Distribuição Domiciliar Alternada) e Entrega Matutina, foram discutidos com a administração. Os dirigentes pediram empenho total da ECT para atender as demandas apresentadas e investir na melhoria dos serviços.

Diviza, Presidente do SINTECT/SP, espera que “a nova gestão possa atender às necessidades dos trabalhadores e promover a reorganização da empresa. Ele ressaltou que as entidades estarão atentas e prontas para agir em favor da classe trabalhadora, caso a ECT não cumpra com os acordos firmados.

Anézio Rodrigues (SINDECTEB), eleito conselheiro do Postal Saúde em 2015, avaliou a reunião como produtiva e considerou a atitude dos novos gestores bastante positiva. “Receber as lideranças sindicais da FINDECT, conhecer os problemas e buscar soluções em conjunto demonstra que a nova direção está imbuída no compromisso de, juntamente com os trabalhadores, solucionar problemas sem que haja prejuízos às conquistas sociais, para reerguer a empresa nesse momento de crise que o País atravessa e que também reflete na ECT”, declarou.

A direção dos Correios prometeu manter as reuniões mensais com a equipe e anunciou que irá discutir e responder a todas as questões apresentadas pelos representantes dos Trabalhadores

Principais pautas discutidas com a nova gestão

– Retirada da função de supervisores e tesoureiros – a FINDECT pediu explicações ao vice-presidente da Rede de Agências e Varejo da ECT, Ney Campello, e solicitou a reintegração dos funcionários nos respectivos cargos, sob o argumento de que a medida trouxe grandes prejuízos aos trabalhadores e provocou queda na qualidade dos serviços oferecidos pelas agências. As entidades sindicais defendem cortes para promover redução de despesas, desde que não atinjam os trabalhadores.

– Fechamento de agências como parte do projeto de reestruturação – os representantes sindicais pediram que a ECT se pronunciasse sobre a circulação de informações que dão conta do assunto. A FINDECT pediu que a reestruturação do atendimento seja feita sob conhecimento e consulta dos sindicatos, para que os trabalhadores não sejam prejudicados.

Em resposta, Campello prometeu manter diálogo e considerar propostas e sugestões da FINDECT, bem como empenho em solucionar os problemas apresentados. O vice-presidente disse que até 1º de fevereiro dará uma resposta aos, em um novo encontro com a equipe em Brasília.

– DDA (Distribuição Domiciliar Alternada)/Entrega Matutina – relatamos ao vice-presidente do NEGÓCIO POSTAL, Rodolfo Ramalho Catão, os prejuízos causados pela implantação da DDA nas regiões. Para o presidente da FINDECT, José Aparecido Gimenes Gandara, “a DDA prejudica qualidade da entrega, os clientes, os trabalhadores, pois reduz o quadro de funcionários e também a população”.

A FINDECT pediu a suspensão imediata da DDA e a implantação da Entrega Matutina, como estabelecido no acordo coletivo feito com o presidente da ECT, assim que o mesmo assumiu a empresa.

– Assistência Médica  – Foram debatidas como o Vice-Presidente de Gestão de Pessoas, Heli Siqueira, questões como pagamento, suspensão de atendimento, situação atual da assistência médica hospitalar e odontológica (suspensa nas duas últimas semanas por atraso de pagamento), entre outros problemas que levaram os funcionários a realizarem a greve de 2015.

Num segundo momento, Diviza e Anézio Rodrigues estiveram na sede do Postal Saúde, onde foram recebidos pelo presidente do órgão, Pedro de Almeida Feijó. Na ocasião Feijó ouviu as reivindicações e se comprometeu em atuar no sentido de combater os principais problemas enfrentados hoje pelos beneficiários do plano de assistência médica da ECT.

– Implantação de Macrorregiões – Estrutura formada por núcleos estaduais e equipes regionais com seis gerências de macrorregiões, anulando a atuação e poder de decisão das Direções Regionais. FINDECT e sindicatos são contra, pois, segundo afirmam, a medida afetou de maneira negativa os serviços e a vida dos trabalhadores das DRs.

Heli Siqueira disse que a nova administração da Postal Saúde e a direção dos Correios farão os acertos com os credenciados e a nova direção da PS, se possível, ainda este mês de janeiro. A vice-presidência também informou que tomará medidas para contenção de gastos operacionais e administrativos do Postal Saúde. Siqueira se comprometeu em discutir os respectivos assuntos com todos os membros da direção e apresentar a posição da ECT na próxima reunião.

“Desde que assumimos como conselheiro do Postal Saúde, em junho de 2015, temos apontado soluções para corrigir problemas causados pela administração anterior, que talvez por não ter sido composta por funcionários de carreira e de gestão, não demonstrava compromisso com a empresa, bem como seus beneficiários. Os conselheiros eleitos no ano passado têm sugerido medidas de melhorias para o nosso plano de saúde, como a suspensão de contratos e auditorias efetuados de forma irregular. Os atrasos nos pagamentos e a suspensão temporária de credenciados caracterizam a má gestão que o Postal teve anteriormente. Dialogamos com o presidente Giovanni e com a Vice-Presidência de Gestão de Pessoas (VIGEP), levando-os a enxergar que o benefício da assistência médica hospitalar é de fundamental importância para manter o equilíbrio e a qualidade de vida dos trabalhadores.  A falta ou a suspensão do mesmo, ainda que temporária, causa grande descontentamento e revolta a todos”, afirmou Anézio.

 

Calendário

1º de Fevereiro – Reunião dos atendentes do estado de São Paulo, na sede do SINDECT, na capital paulista

28 de Fevereiro – Nova reunião entre a direção executiva dos Correios e a FINDECT, em Brasília

A FINDECT informa aos sindicatos filiados que, conforme acordado na última reunião, haverá reunião da diretoria na primeira quinzena de fevereiro, com o objetivo de avaliar os temas tratados com a nova gestão da ECT

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