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Empresa radicaliza em audiência e TST marca julgamento

Publicado em 11/09/2020 19:46

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A intransigência da direção da ECT em não negociar e impor a destruição de Acordo Coletivo, eliminando 70 das 79 cláusulas, virou radicalismo extremado em posição privatista e escravista, de entrega do patrimônio público às transnacionais e eliminação de todos os direitos e proteções trabalhistas!

A direção da empresa, através de seus advogados, externou na audiência de conciliação realizada nessa sexta, 11 de setembro, no TST, toda sua maldade e subserviência ao governo e aos interesses empresariais e neoliberais.

Sua postura encaixou com a do Ministro das Comunicações, que essa semana chamou a categoria ecetista de passa fome e mendiga, dizendo que não negocia com quem faz greve por “ticket peru”.

Um enorme desprezo de gente acostumada a ganhar dezenas de milhares de reais por mês, com trabalhadores que ganham dois salários mínimos em média, exatamente o valor do ticket peru, que para eles representa muito, enquanto para o ministro e militares da direção da ECT não dá nem para o auxílio moradia ou paletó.

Conciliação é o c….

Os representantes da direção da ECT destilaram ódio, desprezo, arrogância e, sobretudo, nenhuma vergonha em fantasiar a situação em nome de interesses mesquinhos.

Não quiseram nem saber de mediação, como já tinham feito na primeira audiência com o Ministro Vice-presidente do TST. Não deram a mínima para a Ministra Relatora e o MPT quando questionaram o exagero e o absurdo de acabar com 70 cláusulas do Acordo Coletivo e sequer garantir as demais.

A tensão predominou na audiência, marcada pela enorme intransigência da direção da empresa. Acabou sem avanço nenhum, não restando outra alternativa a não ser o Tribunal superior do trabalho marcar o julgamento para o próximo dia 21 de setembro.

Dizer o quê dessa direção militar extremista?

É obviamente formada por militares subservientes aos interesses empresariais, sobretudo estrangeiros, sem nenhuma ligação com a defesa de seu território, de seu povo e de suas riquezas, como era de esperar que tivessem aprendido no colégio e na vida militar. Alguma coisa devem estar ganhando com isso, não é possível uma mentalidade assim a troco de nada.

A luta continua e precisa ser fortalecida

A FINDECT e os Sindicatos filiados orientam pela manutenção e fortalecimento da greve. Não há outro caminho no momento para a categoria conseguir manter seus diretos.

Sem luta até o final, vai imperar a vontade da direção da empresa, com toda sua prepotência, arrogância, intolerância, intransigência, subserviência a interesses empresariais, entreguismo do patrimônio nacional e destruição de direitos, da renda e empregos dos trabalhadores.

A greve continua e precisa crescer com mais trabalhadores e setores parando e com todos participando dos atos, carreatas, distribuição de carta aberta e demais atividades convocadas pelo seu Sindicato!

Na segunda-feira, 14 de setembro, os Sindicatos filiados estarão reunidos para avaliar a greve em suas bases. Na terça será a vez da direção da FINDECT juntar as peças locais e traçar um quadro nacional da luta. E na quarta-feira os Sindicatos farão assembleias com suas bases para avaliar a luta nos setores e a disposição que é de muitos, de manter a greve forte até o final.

Unidos somos fortes!

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