Enquanto houver racismo não haverá democracia de verdade!
Publicado em 14/05/2021 16:26
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13 de Maio é dia de luta, data de resistência do povo negro brasileiro. O processo de abolição inacabado que marca esse dia não deu aos libertos as condições de inserção na sociedade, perpetuando o racismo e a desigualdade social!
Nos Correios essa realidade está mais presente que nunca e atinge todos, num verdadeiro regime de escravidão que se espalha por todo o território, por todas as unidades, obrigando o pessoal a trabalhar em número reduzido, com jornadas de trabalho exaustivas e sem condições de trabalho, sofrendo assédio, perseguição, mortes e adoecimento profissional e por Covid, sendo obrigados a enfrentar a violência nas ruas sem proteção.
Nos atos realizados nesse 13 de Maio foram divulgados manifestos e houve homenagens às vítimas de operação policial no Jacarezinho.
No dia em que se completam 133 anos da Abolição da Escravidão no Brasil, milhares de manifestantes pediram justiça por mortes ocorridas em operações policiais e gritavam palavras de ordem, durante ato contra o racismo realizado nas ruas do centro do Rio de Janeiro e de São Paulo, nesta quinta-feira (13). Manifestações denunciando o racismo se espalharam por outras capitais.
O movimento Coalização Negra por Direitos, que reúne 200 entidades, organizou os atos. No Rio, a manifestação homenageou os 27 mortos do Jacarezinho, comunidade da zona norte. Hoje a operação considerada como a mais letal do Rio de Janeiro completa uma semana.
Na Avenida Paulista, o ato contra o racismo tinha como lema “Nem Bala, Nem Fome, Nem Covid. O Povo Negro Quer Viver”. O protesto reivindicou ainda o auxílio emergencial de R$ 600 até o fim da pandemia, já que a população carente tem sido uma das mais afetadas pela covid. A manifestação ocorreu na região do Museu de Arte de São Paulo (Masp), a partir das 17 h.
“Nós, negras e negros brasileiros em Coalizão Negra por Direitos, denunciamos ao mundo que vivemos em um país no qual amanhã poderemos estar mortos, pelo fato de sermos negros. Seja pelo coronavírus, seja pela fome, seja pela bala, o projeto político e histórico de genocídio negro avança no Brasil de uma forma sem limites e sem possibilidade concreta de sobrevivência do povo negro”, diz texto do manifesto divulgado pela coalizão.
O documento também destaca as mortes no Jacarezinho, no Rio de Janeiro, o crescimento da pobreza e desemprego no país e a falta de vacinas no Brasil.
Os protestos ocorreram por todo o Brasil, em capitais do Norte e do Nordeste, como Rio Branco (AC), Salvador (BA) e Fortaleza (CE).
Apesar de a data ser oficialmente o Dia da Abolição da Escravatura, a Coalização Negra por Direitos reconhece o 13 de maio como Dia Nacional de Denúncia Contra o Racismo. Neste ano, além da ação policial no Jacarezinho, os atos também lembram o agravamento da fome no país por causa da pandemia de covid-19.
Fonte: Portal Vermelho – Veja o original AQUI.