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Federações fecham data para assembleia unificada da categoria

Publicado em 01/08/2020 15:42

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A FINDECT e os Sindicatos filiados participaram de reunião com dirigentes da FENTECT nessa quinta, 31 de julho. A videoconferência foi mais uma ação no esforço concentrado de buscar consenso no encaminhamento da luta e garantir a unidade da categoria.

Mais do que nunca a luta unificada é necessária. Se nos anos anteriores ela resultou na preservação e na conquista de direitos, ela é hoje uma exigência sem a qual fica praticamente impossível manter o Acordo Coletivo da categoria na íntegra.

A direção da empresa já deixou claro que seu objetivo é destruir os direitos que constam no Dissídio Coletivo resultante do julgamento no TST na Campanha Salarial de 2019.

Naquela ocasião, ela não negociou de verdade, apelou para o julgamento do TST e, ao final, não aceitou as decisões do Tribunal e apelou para o STF derrubar duas cláusulas, a da validade até agosto de 2021 e a do compartilhamento do convênio médico.

Assembleia unificada

O principal ponto em debate na reunião entre as federações foi o momento para a deflagração de uma greve. Em defesa da unidade, chegou-se ao consenso de convocar assembleia unificada de indicativo de greve para o dia 17 de agosto.

Esse consenso foi importante, porque o STF marcou para iniciar no dia 14 de agosto o julgamento do processo aberto pela ECT, para derrubar a cláusula de validade do atual acordo até agosto de 2021. O STF concedeu liminar para a ECT e agora julgará o mérito. E o pedido da ECT não for acatado, a validade por dois anos está mantida e a negociação do Acordo ocorrerá somente em 2021.

Dificuldade para organizar

Esse não é o melhor cenário, pois no momento é muito difícil informar, organizar e mobilizar a categoria por causa das restrições impostas pela crise sanitária e estado de emergência provocado pela pandemia de COVID-19.

Devido a ele, estão proibidas atividades com aglomeração, como ocorrem nas assembleias da categoria nos locais de maior concentração de trabalhadores, como São Paulo e Rio de Janeiro, que chegam a reunir mais de 5.000 pessoas.

Também há dificuldade para realizar assembleias virtuais com número tão grande de pessoas, pois as ferramentas tecnológicas disponíveis não suportam, e de realizar debates e votações de propostas, como também dos trabalhadores em ter acesso à internet rápida.

Decidir e lutar

No dia 17 de agosto, o julgamento no STF já estará em seu terceiro dia, o que dará mais segurança para a categoria tomar uma decisão e combater a investida da empresa. Ela apresentou um disparate absurdo, que chamou de proposta, com a retirada de 70 das 79 cláusulas do Acordo Coletivo da categoria.

Se a direção da empresa e o governo conseguirem impor o que querem, os ecetistas terão seus rendimentos médios reduzidos à metade. Com isso, em vez de premiar os ecetistas pelo trabalho em meio à Pandemia, por garantirem a manutenção de um serviço considerado essencial para a sociedade, mesmo correndo risco de adoecimento e morte nos setores e nas ruas, estariam punindo esses guerreiros com drástica redução de renda.

E isso não será engolido por nenhum trabalhador de base ou dirigente sindical da categoria. Mas ninguém vai entrar no jogo da direção da empresa e queimar na largada.

Vamos unidos à luta na hora e do jeito certo!

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