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Findect apoia as manifestações

Publicado em 26/06/2013 14:28

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abr180613mcsp-12Durante muito tempo, prevaleceu neste país a tese de que o brasileiro é passivo por aceitar sem discutir, ou sem protestar, os mandos e desmandos dos governos. Esporadicamente se manifestaria diante de questões pontuais, vide o impeachment do presidente Fernando Collor no início dos anos 90. Aliás, muitos disseram que após estas manifestações, nunca mais aconteceriam outras movimentações de tal porte e discurso. Mas, malgrado os pessimistas e derrotistas, temos boas novas! A juventude, demonstrando seu natural inconformismo com as injustiças, começou um movimento que parecia ser apenas contra as tarifas abusivas dos transportes públicos.

Contudo, diante das mazelas crônicas deste país tais como educação, saúde, transporte e segurança, e principalmente a falta de moralidade de muitos de nossos gestores públicos, os protestos extrapolaram o pedido de redução de tarifa e passaram a incluir também estes temas, passando a ser manifestações de cunho mais amplo e mais abrangente, não só com relação aos temas como também de seus participantes, já que operários, profissionais liberais, funcionários públicos e tantas outras classes cederam suas vozes para o mesmo manifesto.

A FINDECT, como entidade representativa dos trabalhadores dos correios, não só parabeniza como apoia as manifestações e os seus objetivos assim como repudia a violência muitas vezes desmedida do aparato policial militar contra os manifestantes e daqueles que, se aproveitando de um movimento legítimo, praticam o vandalismo e a violência gratuita.

Além destes motivos, nós funcionários dos Correios estamos enfrentando uma situação singular que nunca enfrentamos em outros tempos. Estamos falando da tentativa de um partido de se apropriar da Empresa, instrumentalizando-a para atingir seus objetivos e não os da Empresa e do país, já que ela é uma estatal. Agem com truculência e arrogância desmedida, vide o processo de votação da MP 532 e os acordos coletivos 2011-2012 e 2012-2013 que foram parar no TST muito por conta desta arrogância e intransigência da atual direção dos Correios. Citamos também o desrespeito com o Ministério Público do Trabalho e a FINDECT no processo de negociação das PLRs 2012 e 2013, que a ECT pagou de forma unilateral, não acatando o encaminhamento do MPT de pagar a PLR de 2012 com os mesmo critérios de 2011 e de renegociar os critérios para a PLR 2013. Decisão que prejudicou a maioria dos trabalhadores dos Correios. E nos perguntamos se não está na hora dos funcionários da ECT irem às ruas e protestarem contra este estado de coisas que impera na Empresa?

Que a lição das manifestações não seja esquecida. E que a população do Brasil, em especial os trabalhadores dos Correios, entenda que, como já dizia Bertrand Russel: “que a política é importante demais para ficar apenas nas mãos dos políticos”, “e que aqueles que não se interessam por política são governados por aqueles que se interessam”. Disto se pode retirar que a forma mais democrática e eficiente de se conquistar objetivos sociais e coletivos é na hora do voto. E que este seja consciente, e quando em momentos como este em que os partidos não correspondem aos ideais e anseios da sociedade, cabe a ela se manifestar e obrigá-los a seguir o rumo que a mesma quer.

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