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FINDECT debate luta contra a privatização dos Correios com Deputados Federais

Publicado em 15/03/2021 16:31

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A live da manhã organizada pelo Deputado Paulo Ramos recebeu o também Deputado Chico D´Angelo e os presidentes dos SINTECTs São Paulo e Rio de Janeiro, os maiores do país, Elias Diviza e Ronaldo Martins, respectivamente Vice-presidente e Secretário Geral da FINDECT, para debater a organização e ações contra o projeto de privatização dos Correios entregue pelo governo ao Congresso Nacional.

O Deputado Paulo Ramos abriu o diálogo ressaltando os Correios como uma empresa essencial para o povo, que por isso não se vende.

Lembrou que ele está na história de vida da população, e que precisa ser mantido no imaginário popular, com a necessidade de permanecer como empresa pública, com trajetória de 350 anos servindo a nação e o povo do país.

Também afirmou que os Correios sofrem assédio continuado, mas que o debate sobre a privatização vem ocorrendo na Câmara permanentemente, e precisa ser intensificado nesse momento de ataque vinculado ao projeto neoliberal privatizante do governo, que atua para entregar o patrimônio brasileiro ao mercado, tanto os serviços públicos quanto estatais.

O Deputado Chico D`Angelo trouxe sua a experiência no trabalho contra a privatização da Casa da Moeda, que foi vitorioso.

Reforçou a importância de debater uma proposta de trabalho dos parlamentares junto com os Sindicatos da categoria, para evitar a tramitação do projeto de privatização dos Correios. E mais, para recuperar a empresa, que foi abandonada e está sendo sucateada propositalmente pela atual direção militar, a mando do governo federal.

Reafirmou a necessidade de combater o projeto privatista do governo, que antes da pandemia queria privatizar até o SUS, sistema que se mostrou essencial para o país e os brasileiros e passou a ser defendido por amplos setores.

FINDECT e Sindicatos na luta

A iniciativa do Deputado foi muito elogiada por Diviza e Ronaldão, por ser efetiva para a organização e mobilização em defesa dos Correios.

Eles lembraram a atuação nacional dos Correios, que vai a todos os lugares do país, o que o torna imprescindível para a população. E que isso se acentua com os avanços tecnológicos, que não chegam à maioria. Os Correios podem gerar cada vez mais acesso ao povo, a tecnologias da comunicação, e mais conexão, integração e riquezas ao país.

Se privatizar, lembraram os presidentes, as empresas privadas vão ficar só com o filet mignon. As localidades pequenas e longínquas ficarão desassistidas, a não ser que o atendimento seja bancado pelo governo.

Perda de direitos e sucateamento

Diviza e Ronaldão trouxeram para o debate a Campanha Salarial anterior da categoria, em que a direção da empresa apelou ao STF para derrubar a decisão soberana do TST, que era favorável à categoria, obrigando a negociação a voltar atrás e possibilitando a retirada de diretos, como o convênio médico, e a não concessão de reajuste salarial. Para eles a ação do STF foi inconstitucional.

Com isso, os trabalhadores perderam até parte dos vales refeição, enquanto o presidente da empresa, que só nela ganha R$ 46 mil de salário, fora seus ganhos como militar, compra até cocada mole às custas dos cofres ecetistas.

A falta de concurso desde 2011 foi lembrada pelos presidentes. Bem como os continuados PDIs, que diminuem cada vez mais o quadro funcional, entre outras iniciativas para sobrecarregar a categoria e prejudicar o serviço para colocar a população contra a empresa e a favor da privatização.

A esse aspecto do sucateamento, junta-se o número cada vez mais elevado de terceirizados. O objetivo dessa direção, afirmaram, é a uberização do serviço, para contratar e pagar o ecetista como fazem os aplicativos, com valores irrisórios e por entrega, com os trabalhadores usando meios próprios, sem vínculo, sem assistência, sem direitos, sem nada.

A falta de ação efetiva na pandemia para preservar a saúde e a vida dos trabalhadores, com a negação em reconhecer casos e fechar unidades quando eles são confirmados, por exemplo, foi realçada como mais um exemplo do abandono da direção da empresa.

O resultado disso é o número enorme de infectados e muitos companheiros falecidos, realidade escondida pela direção da empresa da mídia, da própria categoria e da população.

A pedido dos representantes da FINDECT, outras lives serão realizadas no período da tarde para agregar a categoria, mobilizar e reforçar a divulgação da luta contra a privatização dos Correios.

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