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Governo quer usar eleição da presidência da Câmara e do Senado para privatizar os Correios e cortar direitos trabalhistas

Publicado em 05/02/2021 13:29

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O governo Bolsonaro usou a velha fórmula de comprar o apoio dos deputados do centrão e elegeu entre eles os presidentes da Câmara e do Senado, preocupado em evitar seu impeachment e em recolocar na pauta as privatizações e as “reformas estruturais”, que nada mais são que tirar dos pobres para dar aos ricos! O momento exige união e luta!

Dinheiro para o auxílio emergencial não tem, mas para comprar os deputados e senadores do centrão apareceram bilhões. Foi assim que os candidatos apoiados por Bolsonaro venceram a eleição para presidente das casas legislativas.

Imediatamente ele e o ministro da economia Paulo Guedes, banqueiro suspeito de fraudes nos fundos de pensão, entre eles o Postalis, começaram a falar em aproveitar o momento de força para atacar as estatais com privatização, Correios incluso, e roubar mais direitos dos trabalhadores, com mais reformas.

Nada muda com o “novo” Congresso

A eleição da presidência da Câmara e do Senado foi assunto único por vários dias na imprensa empresarial. O povão não deu a mínima, mas o jornalismo patronal insistiu em apresentar os candidatos e expor a briga no congresso.

A pressão e a grana que o governo soltou foram tão altas que até uma certa “esquerda” votou no candidato do Bolsonaro no Senado, após divisão na Câmara. Claro que inventou uma desculpa esfarrapada, mas votou.

Sai o Rodrigo Maia e entra o sem-modos Lira na presidência da Câmara, deputado do centrão que responde processo por corrupção, e o Pacheco no Senado. O que muda? Nada. A não ser que Bolsonaro vai ter que continuar dando muito dinheiro para o centrão. A fome desse bloco nunca é satisfeita. Eles são capazes de vender a mãe, mas não entregar.

Querem passar a boiada

O governo acredita que teve uma vitória estrondosa, que está fortalecido e que tem que aproveitar o momento para “passar a boiada”, como disse um certo ministro terraplanista.

Paulo Guedes e Bolsonaro voltaram a defender a privatização das estatais. Querem acabar com os Correios, com a Petrobrás, com a Eletrobrás, com o BB e a CEF e várias outras jóias do povo brasileiro. E dar tudo para os empresários e banqueiros que sustentam o toma lá da cá governamental e enchem os bolsos com o dinheiro do povo.

Também querem as reformas administrativa e tributária. A primeira, para destruir os serviços públicos e transformá-los em privados. Quem tiver dinheiro que pague. E o povão pobre fica sem atendimento público em saúde, educação, previdência social e tudo mais.

A segunda, para diminuir a carga de impostos sobre os ricos, para eles ficarem mais ricos, e aumentar a carga sobre os pobres, para eles ficarem mais pobres.

O que os brasileiros precisam é o contrário do que governo e deputados querem. O SUS, por exemplo, está estourado. Não tem recursos e o governo cada dia corta mais. O Sistema já não dá conta de atender os doentes da pandemia. Adia os tratamentos e cirurgias e o povo morre em casa. Mas rico não precisa de SUS. Só pobre. Então deixa morrer.

Atenção e mobilização

No Brasil do coronavírus e do desemprego, falta mobilização. Nem com as mortes por falta de oxigênio no Amazonas, com a insuficiência de vacinas e com o fim do auxílio emergencial, houve um estouro da boiada. Mas o fim do auxílio e a falta de empregos vai deixar milhões na miséria e famintos. Alguma coisa tem que mudar.

O Brasil não aguenta essa diferença de renda e social entre ricos e os pobres, ampliada na pandemia e pelo desemprego recorde. E o “renovadíssimo” congresso e o governo não farão nada, a não ser piorar tudo.

É preciso aumento da rejeição do governo e o povo protestando com panelaços, carreatas, tuitassos, seja o que for. A necessidade é Mobilização já!

Privatização pra quê e pra quem?

Os que defendem a privatização, tem apenas a ideia fixa de reduzir o Estado. Se isso já é inconcebível no segundo país mais desigual do mundo, com o desemprego e a pobreza cada dia maiores, quem dirá em tempos de pandemia.

Se o governo fizer as privatizações que pretende, o resultado vai ser catastrófico para o país e sua população. Num futuro em que o emprego será cada vez mais raro, tudo será pago e caro. Como ficarão milhões de brasileiros pobres e periféricos?

Lutar contra as privatizações é uma tarefa humana para os ecetistas. Lutando contra a destruição e/ou venda dos Correios, estaremos defendendo nossos empregos, a comunicação postal e tudo que os Correios representam e fazem, mas também todas as estatais, os direitos e o futuro da maioria dos brasileiros, dos nossos filhos e netos. E um país menos desigual e mais justo.

Reforma para agradar rico

Nenhuma das reformas propostas pelo governo federal vai garantir recursos a fim de encher a barriga de brasileiros pobres em meio à pandemia de coronavírus. Nem evitar a quebra de micro e pequenos negócios durante a segunda onda da covid-19. Muito menos começar a reduzir de forma consistente o desemprego de mais de 14 milhões.

A repetição insistente do argumento das reformas reforça, na verdade, que Jair Bolsonaro e equipe não têm projeto para o país. O projeto deles é o neoliberal. Ou seja, o projeto dos bancos e dos grandes investidores e empresários, de manter seus enormes lucros e privilégios, nem que seja às custas da miséria crescente e insuportável para mais da metade da população.

Eles não estão nem ai. Se escondem atrás de seus muros, em seus jatinhos, iates e ilhas desertas e são protegidos pelas polícias e exércitos, que reprimem e matam quem reclama e se rebela. E o governo quer dar liberdade para a polícia e o exército matar e liberar a venda de armas para seus comparsas.

Todos na luta junto com a FINDECT! O futuro do país está em jogo e depende da mobilização dos trabalhadores junto com os Sindicatos!

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