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Interventor no Postalis afirma que prejuízos no fundo aumentaram nos ultimos meses

Publicado em 20/06/2018 17:00

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Em reunião com Walter parente, FINDECT questiona números apresentados e decisões tomadas após a intervenção da PREVIC no fundo de pensão dos Ecetistas

Na manhã desta quarta-feira (20), a FINDECT participou de reunião para debater a situação do Postalis, agendada pelo atual interventor no fundo de pensão dos Ecetistas, Walter Carvalho Parente. Representando a Federação, seu presidente, José Aparecido Gimenes Gandara, e os Diretores José Aparecido Rufino, Marcos Sant’Aguida, e Wilson Araújo, questionaram as decisões tomadas nos últimos meses, e cobraram maior transparência nas ações.

O primeiro assunto apresentado pelo interventor da PREVIC no Postalis foi a situação do equacionamento da dívida que hoje existe no Postalis. Os Trabalhadores assistido pelo fundo de pensão, estão sendo prejudicados com o aumento abusivo na contribuição mensal. “Nós estamos pagando um valor que foi subtraído de nossa futura aposentadoria por erros de gestão e maus investimentos no passado. A categoria não tem condições de continuar contribuindo, sem a expectativa de um retorno seguro no dia de amanhã”, afirma Marcos Sant’Aguida, eleito pelos trabalhadores Diretor de benefícios do Postalis, mas que teve sua posse suspensa por decisão unilateral do interventor.

A situação financeira do Postalis, de acordo com a apresentação de Walter Parente, teve uma piora significativa após o início da intervenção. Segundo ele, existe a possibilidade de “aumentar ainda mais os valores de equacionamento do débito”, o que é considerado um absurdo pelos representantes da FINDECT.  Além disso, também foi levantada a possibilidade de “ofertar para ativos e inativos do POSTALIS a transferência dos seus valores do plano de benefícios definidos para outros produtos de previdência mais seguros”, de acordo com o interventor. Todas estas questões estão em análise na direção do Postalis, e serão divulgadas nas próximas semanas.

Há uma grande preocupação sobre o tema, pois, qualquer expectativa positiva de solução simples foi descartada para o problema do equacionamento dos débitos no fundo de pensão. Além disso, há incerteza de se haverá dinheiro para garantir, no futuro, o dinheiro complementar para aposentadoria dos trabalhadores”, destaca Wilson Araújo.

Ação contra BNY Mellon

Além desse ponto, também foi apresentado o encaminhamento da ação que busca reaver parte dos investimentos mal feitos pelo BNY Mellon no passado. Foi apresentado pelo advogado Leandro, gerente jurídico do POSTALIS, as 7 ações judiciais que existem dentro do Brasil. Essas ações buscam a reparação de danos causados, e a identificação dos responsáveis pelo rombo no POSTALIS. São ações que vão de alguns milhões de reais até 8,2 bilhões de reais. A grande decisão está sobre qual a melhor forma de processar o BNY Mellon no EUA.

A FINDECT tem o compromisso de informar os trabalhadores sobre a discussão que envolve o fundo de pensão dos trabalhadores, inclusive de não abrir mão de buscar a responsabilização dos culpados pelo rombo no POSTALIS. Essa discussão é muito séria, e tem o empenho da Federação na luta para recuperar cada centavo dos trabalhadores, e também na maior participação dos trabalhadores nos órgãos de gestão dos POSTALIS, para que não se repitam os erros e esquemas de corrupção que levaram a atual situação do fundo.

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