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Mais de 45 milhões de trabalhadores param em repúdio à reforma da previdência

Publicado em 17/06/2019 15:30

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Os Sindicatos filiados à FINDECT (São Paulo, Rio de Janeiro, Maranhão, Bauru e Tocantins) seguiram orientação aprovada no Congresso da Federação e informaram, convocaram e mobilizaram suas bases, que aderiram à paralisação em defesa da aposentadoria, dos Correios públicos, do emprego, contra a privatização e o fechamento de agências!

Em SP, avenida Paulista esteve repleta de Trabalhadores!

A imprensa privada tentou reduzir o movimento a uma greve de transportes. Ignorou que era Greve Geral em repúdio à proposta do governo de reforma da Previdência. Colocou repórteres na rua para procurar terminal com ônibus ou estação de trem ou metrô aberta. Não quiseram mostrar a adesão dos trabalhadores de inúmeras categorias e o repúdio da população à reforma, o ânimo e a força do povo em defesa da aposentadoria e dos direitos sociais e trabalhistas.

E os governos federal e estaduais orientaram as polícias a criar tumulto, reprimir e ser violenta contra os manifestantes. Com isso os confrontos, que não ocorreram em nenhum outro ato desde o ano passado, voltaram.

Isso foi visto em São Paulo, com ataque gratuito aos manifestantes na esquina da Av. Paulista com a Consolação. No Rio de Janeiro, onde o governador fala em jogar míssil e a polícia pratica tiro ao alvo nas comunidades, fizeram o mesmo com bombas e balas de borracha contra os trabalhadores que estavam no ato. Alguns diretores do SINTECT-RJ foram intimados no ato realizado em frente ao Complexo Benfica.

Mas eles não conseguiram tirar o povo das ruas nem esconder a força da paralisação!

Adesão Ecetista

Nas bases dos Sindicatos filiados à FINDECT, o apoio e a adesão à greve geral foram fortes. Esse foi o resultado da ação intensa das diretorias para esclarecer os trabalhadores de que o direito à aposentadoria está em jogo nessa reforma. E da mobilização para a luta, que culminou com assembleias na noite de 13 de junho, que aprovaram e deflagraram a greve.

Não é reforma, é roubo, e os trabalhadores não vão aceitar!

Com a greve, trabalhadores de variadas categorias pararam nas empresas e foram às ruas demonstrar seu repúdio à reforma, fortalecer a luta para barra-la e deixar claro aos parlamentares que, quem votar nessa proposta excludente e injusta, não terá o voto do povo para voltar ao congresso.

Foram registrados atos em 380 cidades. Todos os Estados e o Distrito Federal foram afetados. Foi um movimento extremamente forte, com o envolvimento de ao menos 45 milhões de trabalhadores e estudantes nas paralisações e protestos, segundo estimativas das Centrais Sindicais

Reforma tira dos trabalhadores para pôr nos bolsos de banqueiros e empresários

O relator da proposta de reforma do governo (PEC 06/19) na Comissão Especial que analisa o projeto fez alterações no texto original. Mas nada substancial. Ele manteve o conteúdo mais duro da proposta, que obriga o trabalhador a ficar mais tempo na ativa e ganhar menos de benefício.

O relatório só tirou os bodes anunciados devido à pressão popular. Entre eles está a redução do valor do BPC (Benefício de Prestação Continuada), pago a pessoas com deficiência e a idosos com 65 anos ou mais que apresentem impedimentos físicos ou mentais. Também tirou as complicações para a aposentadoria rural e para o recebimento do abono do PIS/PASEP.

Já a capitalização, um dos piores elementos da proposta, foi retirada, mas já ficou claro que vai voltar a ser colocada em votação no futuro.
Além disso o relator manteve o pior, como a idade mínima de 65 para homens e 62 para mulheres, o cálculo que reduz o tamanho do benefício e a exigência de 40 anos de contribuição para ter direito ao benefício integral.

A luta da classe trabalhadora continua e os dirigentes das Centrais já declararam que outras greves gerais virão para que essa reforma seja derrotada!

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