Marcha das Mulheres Negras em Brasília: Caso de racismo durante manifestação que reunia mais de 10 mil pessoas
Publicado em 20/11/2015 10:08
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Diretoras da FINDECT, SINTECT/SP e SINTECT/RJ participaram da 1ª Marcha das Mulheres Negras – Contra o Racismo, a Violência e Pelo Bem Viver, ocorrida nesta quarta-feira (18), em Brasília. A mobilização, organizada por entidades do movimento negro, reuniu grandes lideres do movimento feminista no Brasil.
As companheiras Arlete, Silvana e Marta (Sintect-SP), Karol Bandeira, Edna e Elizete Alves (Sintect-RJ) e Neli Marques, diretora da pasta das Mulheres na FINDECT participaram do movimento, representando a categoria ecetista.
“Queremos igualdade das mulheres mulheres negras no mercado de trabalho, exigimos mais espaço nos cargos administrativos e chefia, tendo em vista que somos ainda minoria ”, declarou a Diretora Silvana Azeredo.
É de extrema importante para nós, mulheres, estarmos presentes, ao lado das Companheiras negras, nesta grande mobilização do nosso povo. Muitas vezes recebemos os menores salários e sofremos discriminação, some a isso o preconceito e racismo e verá um pouco do que as Mulheres pretas sofrem. Estamos aqui nessa luta por um mundo de igualdade e respeito, declarou a Diretora Arlete Miranda.
Marta Alves, Diretora de Base do Sintect/sp, disse estar muito contente e entusiasmada com esse grande e expressivo ato das Mulheres Negras de todo Brasil contra o racismo.
Estes atos são essenciais, pois promovem nosso protagonismo, disse Neli Marques Diretora da FINDECT.
Marchas como estas, aqui em Brasília, devem ser realizadas em todos os estados, temos diversas reivindicações, e as nossas pautas ficam muitas vezes esquecidas ou negociadas juntamente com as demais, não queremos isso, nossas lutas são prioritárias, declarou Karol Bandeira Diretora das Mulheres do SINTECT-RJ.
A mobilização reuniu mais de 10 mil mulheres, entre elas, autoridades e lideranças nacionais e internacionais do movimento negro, como a representante da ONU Mulheres, Phumzile Mlambo-Ngcuka.
Fato lamentável foi o de manifestantes pró-impeachment e regime militar, acampados em frente ao Congresso, tentaram tumultuar a Marcha com ataques racistas e de violência. Um policial civil do Maranhão, integrante do grupo acampado, disparou três tiros para o alto e acabou detido pela Polícia Militar.