ECT dificulta discussão das cláusulas sociais na 2ª reunião de negociação
Publicado em 03/07/2024 20:56
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A FINDECT informa que durante a segunda reunião do Acordo Coletivo de Trabalho, realizada hoje, dia 3 de julho, os dirigentes sindicais enfrentaram sérios obstáculos na negociação das cláusulas sociais essenciais para os trabalhadores dos Correios. A postura da ECT tem sido criticada por adiar o debate sobre temas cruciais, demonstrando falta de seriedade e respeito com os ecetistas.
A reunião iniciou com a discussão da Cláusula 01 sobre Anistia, onde a proposta da ECT permaneceu inalterada. Em contrapartida, a FINDECT propôs que prevaleça a condição mais benéfica ao trabalhador, além de aumentar o número de integrantes no Grupo de Trabalho de 5 para 6, mantendo os grupos de trabalho (GT) já constituídos.
O mesmo princípio foi aplicado na Cláusula 02 sobre Revisão de Demissões (PADs), na qual a proposta da empresa buscava alterar o efeito retroativo de 2015 para 2019. A FINDECT defendeu a expansão da cláusula para todos os empregados e não apenas para dirigentes/ativistas sindicais, divergindo da proposta da direção dos Correios e da pauta de outra federação que também limitava as reavaliações das demissões, além de priorizar a condição mais favorável ao trabalhador e aumentar o número de integrantes do Grupo de Trabalho.
Uma divergência destacada ocorreu quando a FINDECT e demais sindicatos expressaram preocupação com a falta de apresentação de reivindicações dos trabalhadores. Solicitaram uma nova dinâmica de negociação, que inclua a apresentação de uma planilha comparativa entre as cláusulas atuais, as propostas da FINDECT e da ECT, com compromisso de avanço nas negociações. A ECT concordou em implementar essa nova abordagem a partir da próxima reunião, agendada para 4 de julho.
No encerramento da reunião, ficou estabelecido que as cláusulas sociais de 03 a 13 serão discutidas na próxima sessão, seguidas pelas cláusulas das Garantias da Mulher Ecetista.
Trabalhadores Exigem Negociação Séria e Responsável!
A direção da empresa frustrou as expectativas ao não discutir todas as 13 cláusulas sociais programadas para a reunião. Este comportamento irresponsável da ECT está inflamando os ânimos da categoria, que se prepara para uma possível greve nacional marcada para o dia 7 de agosto, caso não haja avanços concretos nas negociações.
A FINDECT convoca a unidade de todos os trabalhadores e dos 36 sindicatos em todo o país para fortalecer a luta e cobrar da direção da empresa uma postura mais séria e comprometida. É fundamental que os ecetistas estejam unidos para garantir melhores condições de trabalho e valorização profissional.
Os representantes Telma Milhomen, do Tocantins, Márcio do Maranhão e Michele Souza, de São Paulo, juntamente com outros diretores da Findect e o presidente José Aparecido Gandara, participaram ativamente das discussões, buscando garantir que as demandas dos trabalhadores sejam atendidas de forma justa e equilibrada.
Amanhã, dia 4 de julho, será retomada a terceira rodada de negociações, e a FINDECT continua firme na defesa dos direitos dos ecetistas. A greve é um instrumento legítimo de pressão para alcançar avanços significativos e garantir um acordo que beneficie toda a categoria.
Juntos, podemos vencer essa batalha por um futuro melhor para os trabalhadores dos Correios.