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Opinião: A privatização da Sabesp, um crime contra a população

Publicado em 06/11/2023 14:23

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Por Elias Diviza,
presidente do SINTECT-SP

Neste final de semana, vivenciamos mais uma vez as graves consequências da privatização de serviços essenciais. Há mais de 48 horas, vários bairros na capital, cidades do interior e da Grande São Paulo estão sem energia elétrica, e não se vislumbra uma solução à vista. É um exemplo claro de como a busca desenfreada pelo lucro pode prejudicar diretamente a vida dos cidadãos. E é nesse contexto que a privatização da Sabesp merece uma análise crítica, pois, como já alertamos, essa medida representa um verdadeiro crime contra a população.

A Justiça de São Paulo tomou uma decisão sensata, suspendendo a audiência pública na Assembleia Legislativa de São Paulo que discutiria a privatização da Sabesp. A ação popular acatada pelo juiz Raphael Augusto Cunha apontou o prazo exíguo dado para a divulgação do evento, tornando impossível a participação efetiva dos interessados. É um lembrete de que decisões tão importantes quanto essa não podem ser tomadas às pressas, à margem do debate público.

O presidente do SINTECT-SP, Elias Diviza reforça a importância de envolver ativamente a população nos processos que impactam diretamente a qualidade de vida, como a privatização da Sabesp. O governo Tarcísio alega que essa medida reduzirá as tarifas para o consumidor, adiantará as metas de universalização do saneamento e aumentará os investimentos. No entanto, a experiência com a privatização da energia elétrica, exemplificada pela Enel, nos deixa com uma amarga lição e a prova de que a privatização de serviços essenciais não é benéfica.

A privatização da Eletropaulo elevou as tarifas e piorou a prestação de serviços, e os cidadãos de São Paulo estão agora enfrentando as consequências. A lição que devemos tirar é clara: a busca incessante por lucro muitas vezes entra em conflito com o bem-estar da população. A água e o saneamento não devem ser tratados como mercadorias, mas como direitos fundamentais.

O presidente do SINTECT-SP, Elias Diviza, enfatiza que a privatização da Sabesp é um crime que lesa a população. Devemos ir à luta e denunciar esse crime em potencial. É hora de unir forças para proteger nosso patrimônio público e garantir que serviços essenciais sejam fornecidos de forma eficiente e acessível a todos. A história nos mostra que a privatização não é a solução, é, na verdade, o problema.

É importante lembrar que a privatização dos Correios foi barrada através da luta do SINTECT-SP, dos trabalhadores e da população, que viram o crime que seria cometido e foram à luta. O presidente Lula, em seu primeiro ato ao assumir, retirou os Correios da lista de privatização. Da mesma forma, devemos exigir do governador de São Paulo que retire esse projeto que prejudica a população de São Paulo.

A decisão da Justiça de São Paulo é um primeiro passo na direção certa, mas o caminho é longo. É preciso permanecer vigilante e ativo na defesa dos interesses da população. A privatização da Sabesp é uma ameaça real, e é nosso dever unir forças para proteger o que é nosso. A água e o saneamento não podem ser deixados à mercê do interesse privado, pois o resultado disso será mais um crime contra a população que não podemos permitir.

Para mais informações, leia o artigo original da Folha de S.Paulo.

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