Para tratar da defesa da Assistência Médica dos Ecetistas, FINDECT vai ao TST
Publicado em 19/05/2017 10:53
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A FINDECT participou de reunião, no TST, em Brasília, na última terça-feira (16). O Encontro foi solicitado pelo Ministro Emmanoel Pereira, que também participou da reunião, juntamente com técnicos do Tribunal Superior do Trabalho, devido ao processo de mediação aberto pelos Correios. O assunto debatido foi o Plano de Saúde dos Ecetistas, tema mais do que conhecido dos Trabalhadores e do movimento sindical.
Para início dos debates, a FINDECT, representada por seus membros da comissão paritária de saúde – Elias Cesário Diviza, Silvana Azeredo, Manoel Feitoza, Max Vicente, Wilson Araujo e André Sambeg -, fez ampla apresentação da visão dos Trabalhadores sobre a Postal Saúde. “Nós apresentamos os resultados atingidos com a comissão paritária, o que a FINDECT conseguiu reunir de materiais e proposta. Também foi explicado que o convênio médico é uma extensão dos salários, já que desde 1980 trocamos salários benefícios. No início dos anos 80 os Trabalhadores recebiam o equivalente à 3 salários mínimos, hoje recebem em média, apenas 1,5. Perdemos salário, mas ganhamos benefícios, como o plano de saúde e o vale alimentação”, destaca Wilson Araújo, membro da comissão paritária, representante da FINDECT.
Foi apresentado ao Ministro e seus técnicos que os Trabalhadores dos Correios não tem condições de assumir o pagamento de mensalidade no plano de saúde, uma vez que gastos com familiares, geralmente pessoas com problemas de trabalhadores de base (alimentação, educação e habitação), já comprometem grande parte do salário.
“A empresa precisa sanar seus problemas, sem se virar contra os trabalhadores, culpando a saúde pelo alegado déficit. É preciso ampliar as formas de trabalho dentro dos Correios, pois os trabalhadores querem ver os Correios crescendo, com mais seguridade, forte e segura” afirma a representante dos Trabalhadores na Comissão Paritária, Silvana Azeredo.
Os representantes dos Trabalhadores também questionaram a posição da Empresa na pretensão de judicializar a questão da saúde, uma vez que as reuniões da comissão paritário tiveram grandes resultados, nenhum dos quais foram apresentados pela direção da ECT.
“É importante a pressão dos Trabalhadores, caso a Empresa não apresente as melhorias discutidas nas comissões, assinadas entre empresa e trabalhadores. Pois havia margem para melhorar os plano, sem cobrança de mensalidade. Por isso, pedimos que os dirigentes da Empresa apresentem os resultados nas audiências de mediação do TST”, destaca o Presidente do SINTECT-SP, e vice-presidente da FINDECT, Elias Cesário Diviza.
A comissão paritária de saúde avalia que a mediação deve ser o final das discussões sobre a saúde, sem a necessidade de a Empresa levar a questão por vias judiciais. “Essa, sem dúvida, seria o melhor caminho, tanto para os Trabalhadores, quanto para a administração da ECT. A Comissão já fez grandes propostas, o que precisa é a Empresa se empenhar em não retirar direitos e benefícios dos Trabalhadores. Senão, a categoria terá de responder à altura!”
A FINDECT irá disponibilizar, nos próximos dias, cartilha com o material produzido – estudos e análises – sobre a questão da Assistência Médica dos Ecetistas.