PILOTO: DÉFICIT? SÓ SE FOR DE FUNCIONÁRIOS!
Publicado em 14/02/2018 15:33
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Auditoria pública mostra que o problema dos Correios é MÁ GESTÃO – Uma série de artigos mostrará como ela chegou a essa conclusão.
A Controladoria-Geral da União (CGU) é o órgão Federal que realiza anualmente auditoria de contas nos Correios e nas outras estatais. Os auditores são funcionários públicos concursados, bem qualificados e bem pagos, o que é fundamental para a realização de auditorias isentas de politicagem. Os resultados são bem diferentes das auditorias pagas por Guilherme Campos para fiscalizar ele próprio.
Os auditores públicos verificam se há irregularidades nas ações dos dirigentes e a efetividades dessas ações. As conclusões da análise feitas nas contas dos Correios ano passado são reveladoras.
Um dos resultados da análise foi a classificação das contas dos membros da Diretoria Executiva da ECT como IRREGULARES. Mas por que irregulares?
Os auditores acharam inúmeros dados e ações que consideraram mal feitos, mal planejados e até causadores de suspeitas. Um deles está na composição do que a direção da ECT chama de déficit financeiro.
Para os auditores, não houve a adoção de medidas eficazes por parte dos responsáveis, resultando nos resultados negativos apurados a partir do exercício 2013. Além disso, a direção da empresa não teria cumprido medidas propostas por ela mesma e pela CGU.
Só cortar na carne dos funcionários
Uma das críticas recai sobre a atitude de Guilherme Campos, de só apontar cortes de despesas como solução (principalmente nos direitos dos funcionários), em vez de investir.
A partir disso, podemos concluir que as contas dele e dos demais dirigentes foram consideradas irregularidades porque suas ações vão no sentido de sucatar, enxugar e privatizar a empresa.
Não há nada feito por eles que aponte o contrário, ou seja, para o fortalecimento e o crescimento da empresa com melhoria nos serviços prestados à população, no transporte de encomendas e com a contratação e valorização dos empregados. Guilherme Campos trabalha para destruir e vender, e não para melhorar.
Para a auditoria pública, os principais problemas da empresa são:
• Redução da atividade econômica (atendimento à população reduzido com DDA, SD, fechamento de agências e junção de CDDs).
• Elevação Vertiginosa do Volume de Indenizações (devido à falta de investimento em segurança).
• Defasagem Tarifária (direção da empresa manteve os preços defasados por muito tempo).
• Elevação dos Custos com Pessoal (aqui vem uma grande surpresa: a CGU apontou que o problema do aumento desse custo está nos contratos dos assessores especiais e nas despesas geradas pelas funções gratificadas e pagamento de remuneração variável a dirigentes).
• Elevação dos Custos com Benefício Pós-Emprego (essa elevação foi artificial, meramente contábil, mas é o principal fator da mudança de lucro para déficit).
• Elevação dos Custos com Insumos (os gastos com a compra de materiais e equipamentos subiu 179,73% – a CGU apontou que “a subordinação das atividades de compras, pagamentos, registros contábeis e conciliação contábil à mesma Vice-Presidência” fragiliza e dificulta o controle de fraudes).
• Transferência elevada de recursos para a “União” e redução nas aplicações financeiras (isso secou o caixa da empresa e a impediu de realizar aplicações financeiras e obter recursos para pagamentos e investimentos).
• A CGU aponta ainda problemas e insuficiência nos Controles Internos Administrativos, na gestão tecnológica da informação, irregularidades nos processos licitatórios e nos resultados das consultorias contratadas, fatores associados a fraudes não considerados na elaboração da Matriz de Riscos Estratégicos, falta de avalição da administração e de balanço do planejamento.
Obs: as observações entre parênteses são nossas.
É muita coisa ruim junto. Por isso, a partir desse artigo, faremos uma série com o título “DÉFICIT? SÓ SE FOR DE FUNCIONÁRIOS!”.
Em cada um dos novos artigos apresentaremos as conclusões, achados e apontamentos da CGU que mostram a gravidade da má gestão na ECT, realizada por indicados dos governos de plantão e não por funcionários de carreira altamente qualificados e experientes.
E que por trás dessa má gestão há indicação de pessoas sem competência e formação para as funções altamente remuneradas que assumem, e decisões políticas alinhadas com as diretrizes dos governos (no caso atual, de privatizar todas as estatais que forem possível, como disse Michel Temer no começo de seu mandato sem voto do povo).
Relatório de auditoria anual de contas
Vamos desvendar a situação e mostrar que DÉFICIT, SÓ SE FOR DE FUNCIONÁRIOS! E de gestão competente também.
Fonte: SINTECT-SP