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A privatização disfarçada da Petrobrás que os ecetistas devem evitar nos Correios

Publicado em 14/01/2022 10:56

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Ações na bolsa e vendas de partes e ativos da empresa a está colocando a estatal cada vez mais em mãos privadas e prejudicando o país e a população em diversos aspectos!

A Petrobrás foi transformada em SA e entrou no mercado de ações no ano 2000. Desde então, cerca de 40% de suas ações estão nas mãos de investidores nacionais e, principalmente, estrangeiros. Eles recebem dividendos da empresa, que passou a ter esse pagamento como foco principal.

Isso prejudicou e derrubou os investimentos que a empresa fazia em cultura, esporte, educação e outras áreas. Um grande prejuízo para o povo brasileiro, que viu os recursos públicos irem para bolsos privados.

Mais recentemente a empresa passou a investir menos e a ameaçar de fechamento a Universidade Petrobrás, responsável pela formação de técnicos altamente gabaritados em tudo que se refere a petróleo, mas também a energias alternativas e preservação ambiental, entre outros temas importantes.

Destruição

Mas os governos neoliberais, serviçais dos capitalistas, empresários e investidores, foram além. Já levaram a Petrobras a vender R$ 243,7 bilhões em bens por meio de 68 transações que foram assinadas em sete anos. Sob Bolsonaro foram R$ 138,2 bilhões, 56,7% do total. O levantamento é do Observatório Social da Petrobras, ligado à Federação Nacional dos Petroleiros (FNP), que analisou dados de balanços da empresa.

Nas vendas estão negócios como a distribuidora de combustíveis BR, polos de gás, gasodutos e campos de exploração de petróleo.

Restaram R$ 1,239 trilhão em bens que incluem 12 refinarias, 5.646 poços produtores de petróleo e 60 plataformas de exploração de petróleo. A Petrobras também possui 48 terminais e oleodutos que fazem armazenamento e a distribuição de petróleo, gás e combustíveis.

Esse desmonte da empresa e o pagamento de dividendos aos acionistas, mais a política de preços alinhada ao mercado internacional de petróleo são os responsáveis pela alta absurda dos preços dos combustíveis no país.

Veja os bens mais caros vendidos no período:

TAG (Transportadora Associada de Gás), rede de gasodutos do Norte e Nordeste: R$ 41 bilhões (2019)

NTS (Nova Transportadora do Sudeste), controladora de gasodutos na região Sudeste: R$ 21 bilhões (2019)

BR, distribuidora de combustíveis: R$ 12 bilhões (2021) 2020 teve o maior número de vendas: 23 bens e participações acionárias (R$ 52,8 bilhões). 2021 (até 7/12): 15 bens vendidos (R$ 30,2 bilhões).
O ano de 2021 também marca a venda da primeira refinaria da Petrobras, a Rlam (Refinaria Landulpho Alves), na Bahia, por R$ 10 bilhões.
A companhia quer ficar com apenas cinco das 13 refinarias que possuía no início de 2021.

Veja mais em: https://economia.uol.com.br/noticias/redacao/2022/01/13/petrobras-ja-vendeu-r-2437-bilhoes-em-ativos-em-68-negocios-em-7-anos.htm

Lucros

Mesmo com o desmonte, a produção e os lucros da Petrobras aumentaram em 2021. Até setembro, o lucro líquido foi de R$ 75,2 bilhões e a produção de barris de óleo equivalente por dia foi de 2,83 milhões.

O balanço do ano inteiro sai em fevereiro deste ano. Nos nove primeiros meses de 2015, a companhia teve lucro líquido de R$ 2,1 bilhões e produção média de 2,23 milhões de barris por dia.

Defender os Correios

Além de manter e reforçar a luta para derrotar de vez o PL 591 e a privatização dos Correios, a categoria ecetista tem de estar atenta e combater formas disfarçadas de vender a empresa, como ocorre com a Petrobrás. Elas podem ser adotadas pelo governo com a derrota de seu projeto privatista para a luta dos trabalhadores e seus Sindicatos e Federações.

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