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Repúdio ao texto do Ministro Gilberto Kassab no Jornal Folha de São Paulo – Categoria vai parar no dia 26 de abril

Publicado em 29/03/2017 14:44

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Foi com profundo sentimento de justa revolta e preocupação, que a Diretoria da FINDECT tomou conhecimento de nota no Caderno Mercado, da Folha de São Paulo (29/03), onde o Ministro das Comunicações, Gilberto Kassab, afirma que para evitar a privatização dos Correios, é inevitável que haja cortes na Empresa.

O objetivo do Ministro é claramente o de jogar a responsabilidade da suposta crise nas costas dos trabalhadores, já que os cortes estão sendo feitos principalmente sobre eles, e da população, pois serão eles que irão pagar com a queda na qualidade dos serviços prestados pela Empresa, o preço para supostamente evitar a privatização.

O que o “ilustre Ministro” não explica, é que a Empresa está em dificuldades financeiras, por conta da incúria e dos desmandos de suas últimas administrações, realizadas por gestores indicados por critérios políticos, e não técnicos e pautados na meritocracia.

Diretoria da ECT e governo mostram as garras e propõem ataques à categoria:

Agora que a Empresa se encontra nesta difícil situação, o atual Comando da Empresa tenta solucionar a questão, com projetos de demissão incentivada, redução do número de Unidades, aumentando o custeio dos trabalhadores no plano de saúde, tentando reduzir seus custos, às custas da sobrecarga de seus trabalhadores e, da diminuição da sua presença no território nacional, em franco desrespeito à Lei Postal e, ao povo brasileiro.

Além disso, a atual gestão nada fez para recuperar, por exemplo, os valores levados a mais da Empresa pelo governo, a título de dividendos, orçados em aproximados 3 bilhões de Reais, constatados inclusive por auditores da Controladoria Geral da União, assim como em relação ao projeto de fidelização dos serviços da União para com os Correios. Ou seja, o governo, tanto o atua, como o anterior – já que um é prolongamento do outro -, literalmente depredaram o  caixa dos Correios, nada fazem para repor o que foi retirado, e querem mais uma vez, que os trabalhadores ecetistas e a população brasileira pague por estes desmandos.

É a hora de resistir e lutar:

A FINDECT e os Sindicatos a ela filiados, estão plenamente cientes do difícil momento pelo qual passa o país, diante das propostas de retirada de direitos. No caso da Empresa, sabe-se que é de responsabilidade das sucessivas gestões catastróficas, marcadas por indicações políticas. Por isso, não irão permitir que seus trabalhadores e a população deste país pague um preço ainda maior, do que já estão pagando por esta situação.

Conscientes ainda, de que muitas lutas e batalhas teremos que travar, para garantir a manutenção da nossa Empresa em sua condição de Estatal, nossos empregos, direitos e benefícios, conclamam a união da categoria ecetista para iniciar imediatamente a nossa mobilização para os enfrentamentos.

Categoria vai parar no dia 26 de abril – Contra os ataques e ameaças!

No encontro nacional de lutas, onde participaram FINDECT, FENTECT e representantes dos 36 sindicatos da categoria, nesta quarta-feira (29), ficou clara a necessidade de resposta aos ataques e ameaças que a categoria vêm sofrendo nos últimos dias – inclusive a ameaça de privatização da empresa.

Diante disso, ficou definido que, a partir das 22h do dia 26 de abril, os Correios vão parar.

E a união, neste momento, é de grande importância. Em nome da manutenção da ECT pública, estatal e de qualidade. Da manutenção dos empregos dos mais de 115 mil trabalhadores e trabalhadoras, e em respeito aos seus familiares e à população brasileira.

O ato vai ser gigante, com a paralisação de todas as atividades da empresa, em todos os níveis. Somente assim conseguiremos caminhar em direção à estabilidade e busca de melhores condições para a categoria.

Diante de todos os ataques, a categoria que se mostra mais forte do que nunca, responderá ao chamado da FINDECT, de seus sindicatos filiados – São Paulo, Rio de Janeiro, Bauru, Tocantins e Maranhão, juntos com ecetistas de todo o país, para a maior greve dos Correios.

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