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Por saúde e vida em primeiro lugar, vacina gratuita para todos através do SUS

Publicado em 16/01/2021 11:54

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A eficiência prática da vacinação depende da imunização em massa, com uma campanha ampla e robusta em todo o país e combate ao negacionismo incentivado pelo próprio presidente, que coloca a eficácia e necessidade da vacina em dúvida e mantém o Ministério da Saúde confuso e paralisado!

“Vacinação é estratégia coletiva”, afirma a Profa. Dra. e epidemiologista Ethel Maciel, da Universidade Federal do Espírito Santo (UFES).

Segundo ela, não adianta vacinar uma porção e o entorno continuar exposto, pois o vírus mantém a proliferação e pode sofrer uma mutação que jogue todo o esforço de vacinação e o dinheiro gasto no lixo.

Por isso, a OMS insiste que a vacinação seja mundial, universal e concomitante. Ou seja, a vacinação só será capaz de pôr fim à pandemia se estiver no âmbito de um programa universal e público.

Mas no Brasil atual tudo está ruim e pode piorar ainda mais.

Além da negligência com a vacina, das brigas políticas com interesses eleitoreiros de presidente e governadores e do negacionismo que deseduca e insufla a sociedade ao erro, à exposição e à disseminação do vírus, sequer foi efetivada a compra de seringas, algodão, álcool e refrigeradores em quantidade suficiente.

A precarização e corte de verbas no SUS diminuiu o número de enfermeiros para efetivar uma campanha digna e o país pode ser caso único no mundo de venda da vacina na rede privada de saúde.

Enquanto isso o general ministro da saúde, que é formado em logística pela exército, mas dá mostras que nem disso entende, riu na cara de todos os brasileiros ao afirmar que a vacinação começará na hora H e no dia D, com certeza a mando do seu chefe capitão.

A luta que chama todos os cidadãos e entidades sociais, políticas e de classe ao engajamento, à qual a FINDECT e os Sindicatos filiados se somam, é pelo acesso universal às vacinas, gratuito e com uma logística que garanta imunização rápida e massiva, ação em que os Correios são essenciais!

Em defesa dos trabalhadores essenciais

“Ninguém se salva sozinho se não salvar todos. Essa é a lição do vírus, ou entendemos, ou afundamos juntos”, completa a Dra. Ethel.

No mesmo diapasão, o Dr. Gonzalo Vecina, ex-presidente da Anvisa, defende que, com a doença em ebulição e sem que uma vacina esteja disponível para todos, não tem como garantir imunidade e segurança para a saúde e a vida de quem está se deslocando diariamente e convivendo aglomerado em ambientes de trabalho sem ventilação, higienização e outras exigências necessárias para contar a proliferação do vírus.

Ele previu em dezembro passado o estouro da segunda onda de contaminação e o colapso que se anuncia no sistema de saúde e colocou como critérios para juntar pessoas a existência de ventilação abundante e a ausência de aglomeração e contato físico, o que inexiste na maioria das unidades dos Correios.

Já a Dra. Margareth Dalcolmo, pneumologista e pesquisadora da Fiocruz, tocou num ponto nevráugico em sua participação no programa Roda Viva de 14 de dezembro de 2020, em debate sobre a situação do Brasil no cenário da vacinação contra a Covid-19.

Veja AQUI.

Para ela, a ordem de priorização estabelecida para a vacinação deve ser parcialmente revista, com a inclusão de grupos de alto risco, aos quais ela insere os trabalhadores que estão na ativa desde o início da pandemia, por serem considerados essenciais para o funcionamento da sociedade, como é o caso dos ecetistas.

A mensagem é clara e precisa para os governos, instituições e empresas que mantêm os trabalhadores em atividade normal e não tomam medidas extras de segurança em meio ao crescimento do contágio na segunda onda, que já esgarça o sistema de saúde e ninguém sabe que dimensão trágica atingirá.

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