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Situação financeira da ECT é excelente – Vamos cobrar a nossa parte!

Publicado em 19/08/2013 12:36

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por Elias Cesário Brito Júnior, o Diviza (Vice-Presidente da FINDECT e Presidente do SINTECT-SP)

Na reunião de negociação realizada entre a ECT e a FINDECT/Sindicatos Unificados no dia 13 de agosto, os representantes da empresa apresentaram uma série de dados referentes à situação econômica dos Correios no período de 2002 a 2013. Entre esses dados, estava o quadro geral de receita da ECT, custos de produtos e serviços, evolução do efetivo de empregados, dentre outros temas.Eu e os demais representantes dos trabalhadores imediatamente solicitamos que esses dados nos fossem repassados por escrito, para que pudéssemos submetê-los a uma análise técnica. Para essa análise, nós e nossos assessores, como o DIEESE, usaremos várias informações, entre elas o Relatório da Administração (exercício de 2012) divulgado pela ECT no dia 6 de maio de 2013.

Deste relatório, destaco os seguintes itens:

•A ECT obteve um lucro líquido de R$ 1.044.061.000,00 em 2012;

•Obteve uma receita total (valor à disposição para pagamento das despesas) de R$ 11.454.752.000,00, dos quais R$ 7.640.855.000,00 (cerca de 66%) foram destinados para custear a folha de pagamento, sendo R$ 7.039.855.000,00 para pagamento de salários e benefícios, R$ 124.470.000,00 para pagamento da PLR e R$ 476.000.000,00 para pagamento dos encargos sociais.

•A ECT repassou para a União (Governo Dilma) em 2012 a quantia de R$ 400.000.000,00, além dos valores pagos a título de impostos e contribuições, totalizados em cerca de R$ 1.347.571.000,00.

Os números falam por si e deixam claro que a ECT é extremamente LUCRATIVA. No capitalismo, o jeito que as empresas têm para aumentar seus lucros é pagar a seus empregados um valor muito menor do que o que eles produzem. Ou seja, um carteiro que ganha R$ 1.004,00 por mês, deve produzir um valor pelo menos 4 vezes maior que este, e a empresa embolsa a diferença. Deve ser por isso que, dentre as empresas públicas, a ECT é a que pior remunera os seus profissionais, situação já destacada no TST no ano passado.

A conclusão é uma só, companheiros: independente do resultado da análise dos dados, já está claro que a empresa tem muito dinheiro. E ele está sendo usado para o governo remunerar banqueiros e gastar em outros setores. Nós precisamos, portanto, nos unir e ir para cima da empresa mais uma vez, cobrando o que é nosso de direito, ou seja, um salário digno.

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