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FINDECT apoia a luta dos Trabalhadores do CEE Campos por melhores condições de trabalho

Publicado em 13/04/2023 19:48

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As condições de trabalho foram o principal motivo da insatisfação dos trabalhadores que não se contentaram com mais uma série de promessas dos gestores dos Correios no Rio de Janeiro, que mais uma vez se recusaram a dialogar sobre os graves problemas dos trabalhadores com a representação sindical da categoria. Em assembleia realizada na unidade, hoje pela manhã, com a presença do presidente do SINTECT-RJ, Marcos Sant’Aguida, os trabalhadores decidiram por unanimidade, sem nenhuma posição contrária, a paralisação da unidade. Os trabalhadores voltarão a se reunir em assembleia na próxima segunda dia 17/04, na unidade para decidir os rumos do movimento. 

Para Marcos Sant’Aguida, o sindicato apoia a justa reivindicação dos trabalhadores que estão trabalhando em uma das piores unidades de trabalho de todo o país. Para o dirigente as promessas caem num vazio pela falta de respeito com os trabalhadores submetidos a um volume de trabalho absurdo e ainda com péssimas condições de higiene no local. “Ao adentrar na unidade na manhã de hoje vários trabalhadores nos avisaram da maquiagem no ambiente de trabalho, as cargas foram organizadas e o chão estava limpo, coisa que é irreal na unidade. Mesmo assim é só olhar que vemos o caos que a unidade se encontra. O Sindicato está junto com os trabalhadores e vamos à luta companheiros,” protestou o presidente. 

Marcos destacou ainda a importância  dos trabalhadores ficarem atentos às possibilidades de retaliação por parte dos gestores da empresa. Segundo o dirigente, são pequenas mensagens sutis, mas que visam pressionar os trabalhadores para abandonarem o movimento grevista. “É importante informar ao Sindicato caso haja qualquer tipo de constrangimento. Estamos muito atentos a este tipo de prática que fere a legislação e o direito dos trabalhadores se organizarem e fazerem suas reivindicações. O Sindicato cumpriu todas as exigências legais para que o movimento fosse legítimo e dentro da lei de greve. E ainda informou a empresa com mais de um mês para que providências fossem tomadas, nada foi feito. Por isso, podemos seguir firme no nosso direito de exigir melhores condições de trabalho para os Correios terem como efetivamente prestar  um bom serviço para a população”, destaca o presidente. 

Sebastião Brazil, secretário de economia e finanças do SINTECT-RJ, reforçou que os problemas da unidade vem de longa data e são um dos mais graves da gestão dos Correios, além disso a gestão da empresa está muito ciente do que acontece na unidade, a proposta de tentar minimizar os problemas aparecer  somente um dia antes da greve, mostrou falta de respeito aos trabalhadores. O que devemos fazer é exigir respeito a nós trabalhadores, não podemos mais admitir que nos tratem como um problema secundário. Para resolver a questão, os trabalhadores têm um instrumento que é a greve. São nove horas da manhã de um dia que o clima está ameno, mas o calor que já faz dentro da unidade é insuportável, somado a sujeira, ratos, teias de aranha e objetos no teto prontos para caírem na cabeça de alguém, já é mais que um motivo para os trabalhadores se unirem e exigirem respeito.

O diretor do SINTECT-RJ, Rodrigo Bucharel, que é responsável pelas ações do Sindicato na região, explica que a  unidade é a imagem do descaso. As cargas se acumulam por todo prédio, e uma quantidade absurda de CDL’s estão escondidas no porão embaixo do prédio. Onde fica o refeitório em péssimas condições para os trabalhadores da unidade. “A unidade é infestada de ratos, o lixo se acumula por dias e a higiene na unidade é impraticável. As teias de aranha, o teto sem forro com ferragens totalmente degradadas. A unidade parece um filme de terror, lastimável para quem se dedica a prestar um bom serviço,” destacou o diretor.

Além de Marcos Sant’Aguida e Sebastião Brasil, outros diretores do Sindicato também fortaleceram o movimento, como João Batista (JB) e Paulo Lopes. Os trabalhadores voltam a se reunir em Assembleia na próxima segunda-feira, dia 17, para debater os rumos do movimento.

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