O atual governo promoveu ataques à democracia e às instituições republicanas

Fale-se muito sobre a tentativa do atual governo de suprimir a democracia, inclusive com golpe e autoritarismo. Mas isso é uma suposição vinda de afirmações e ameaças com pouca probabilidade de concretização. O que tem de mais forte nesse sentido é o questionamento das urnas eletrônicas.

Mas há inúmeras iniciativas e articulações que estão esvaziando qualquer possibilidade de golpe, como as cartas pela democracia que envolvem amplos setores sociais. E tem a credibilidade do povo nas urnas, como mostram diversas pesquisas.

Por outro lado, o ataque e a tentativa de esvaziamento das instituições republicanas (judiciário, legislativo e executivo) e de quebra da autonomia e da harmonia entre os poderes é evidente.

O Supremo Tribunal Federal sofreu ataques desde o início do governo, assim como o Superior Tribunal Eleitoral. Há uma tentativa evidente de calar e controlar o judiciário. Além disso, a campanha nas redes sociais com o envolvimento de apoiadores, a indicação de ministros ao STF e à cúpula da Polícia Federal alinhados com o bolsonarismo deixam clara a tentativa de controle.

A captura do Congresso Nacional é outro aspecto do ataque e controle das instituições. O governo conseguiu eleger seus aliados à presidência da casa. Principalmente na Câmara dos Deputados o alinhamento e a capitulação ao bolsonarismo foram totais.

Isso abriu caminho para a aprovação de medidas provisórias, leis e reformas que atacaram direitos trabalhistas e as verbas para os serviços públicos, desviados para inúmeros fins eleitoreiros e para a compra dos parlamentares, com as emendas do relator, por exemplo.