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Empresas de entrega e logística, como os Correios, ampliam ganhos com a quarentena

Publicado em 30/04/2020 13:26

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O aumento das entregas devido ao crescimento do e-commerce na quarentena imposta pela pandemia é incontestável, está em relatórios e notícias, e os Correios continuam sendo a principal empresa do setor no país. Quanto o lucro da empresa aumentou nesse período?

Que os lucros da ECT estão maiores, não resta dúvidas. Embora os dados contábeis da ECT sejam uma caixa preta, escondidos a sete chaves por sua direção e pelo governo, dá para saber pelos números divulgados por outras empresas que, inclusive, usam os serviços dos Correios.

O dono de uma grande empresa americana de entregas anunciou a ampliação das vendas e entregas em mais de 30% com a crise, a contratação de milhares de empregados e o aumento recorde das ações da empresa. É possível, numa pesquisa rápida, encontrar dados de várias outras.

Assim como no Brasil, ela é acusada pelos trabalhadores desde o início da pandemia de não proteger seus funcionários de forma eficiente, e também de ter demitido trabalhadores nos Estados Unidos ligados às queixas.

A própria direção da ECT confessou que as entregas aumentaram muito, ao tentar justificar sua investida para trazer os companheiros em home office por coabitação de volta aos setores.

E-commerce cresce!

A quarentena fez as vendas online explodir. Para acelerar o passo e garantir as entregas, os vendedores fecham parcerias com empresas de logística, já acostumadas e especializadas nas entregas.

Dados da Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (Abcomm) informam um aumento de 30% nas vendas pela internet durante as duas primeiras semanas de abril. “Milhares de consumidores que nunca haviam feito uma compra online fizeram agora”, afirma o presidente da Abcomm.

O e-commerce já estava acostumado a crescimentos anuais na casa dos 20% no Brasil, mas a quarentena levou a um fenômeno diferente: a busca por novos produtos. O fenômeno veio para ficar. Essa é uma das principais tendências pós-pandemia. As pessoas voltarão às lojas físicas, mas não como antes.

Correios lucram às custas dos ecetistas

A FINDECT enviou ofício ao presidente da empresa cobrando compensações e apoio financeiro aos trabalhadores no combate à crise do coronavirus, frente aos lucros enormes que a empresa está tendo ao obriga-los a se expor à contaminação, com falta de EPIs e trabalho excessivo.

É mais do que justo. Os Ecetistas foram mantidos na ativa, em meio aos perigos da pandemia, ajudando os Correios a ampliarem seus lucros. A contrapartida é o mínimo que a direção da empresa faz para compensar trabalhadores que estão expostos a contaminação, colocando suas vidas e de seus familiares em risco em nome de manter um serviço que o governo taxou como essencial!

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