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Ministro das Comunicações volta a atacar os Correios para forçar a privatização

Publicado em 30/09/2020 20:00

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O ministro topa tudo por dinheiro se portou novamente como garoto de recados e propaganda do governo de extrema-direita e do capital e faltou com a verdade em entrevista ao portal UOL nessa terça, 29/09, apresentando informações distorcidas e inverídicas para justificar a intenção do governo de entregar os Correios e o setor postal às transnacionais!

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Por óbvio, ele de cara criticou a greve da categoria, dizendo que foi em péssimo momento devido à pandemia, e que ocorre anualmente na mesma época do ano.

Mas omitiu, é claro, os ataques que as direções da empresa fazem todo ano aos diretos da categoria, a que recebe os menores salários entre as estatais.
Também omitiu, é claro, que os trabalhadores e seus Sindicatos buscaram de várias formas suspender a negociação durante a pandemia, jogando-a para após o período de emergência ou para o ano que vem, como determinava a sentença do TST de 2019, que a direção da empresa não aceitou e recorreu ao STF.

E também escondeu a desproporção e o exagero do ataque desferido esse ano pela direção da empresa, com a desfiguração total do Acordo Coletivo da categoria e a destruição de direitos históricos.
Como não fazer greve nessas condições?

Pinóquio

O Ministro do baú de maldades reconheceu que, quando disse que há interessados na privatização dos Correios, não estava falando sério. Ele “acha” que as empresas que citou irão se interessar em estudar o tema, disse que não falou nada formal, mas não se desculpou por, mais uma vez, faltar com a verdade ou, no mínimo, ser impreciso, o que um ministro sério não pode ser.

O fato é que foi um lance de marketing mal sucedido, porque as ações das empresas citadas por ele caíram na bolsa de valores no dia seguinte e suas direções se apressaram em negar o interesse.

Jogadores

Aliás, ele chama os supostos interessados de “players”, o nome da moda para os capitalistas ávidos por abocanhar negócios estatais e ampliar seus lucros.

Player, do inglês, significa jogador. É isso que eles são. Jogam com os interesses do país e com a sobrevivência dos trabalhadores de olho puramente nos lucros que vão ter! Topam tudo por dinheiro!

Correio dá e sempre deu lucro

O ministro Jequiti continua a afirmar que os Correios vêm dando prejuízo. Sem explicar a situação, a afirmação é mentirosa.

Primeiro porque os Correios só deram prejuízo por três anos, justamente quando foi saqueado pelo próprio governo, que tirou mais de R$ 6 bilhões de seus cofres.

Segundo porque mesmo com o sucateamento e a ação do governo e sua direção para desacreditar a empresa, voltou a dar lucro, como sempre deu, sem nunca depender de recursos da união para funcionar.

O ônus e o bônus

Quanto ao atendimento em todo o país prestado pelo Correio estatal, ele disse que “crê” que não haverá prejuízo para a população, que “crê” que tudo pode melhorar com a privatização.

Ora, ele sabe que só vai melhorar para os “palyers” interessados em controlar o setor postal, que tudo indica é apenas um, a gigante americana Amazon.

Um governo e seu ministro não podem “crer” num resultado positivo para a entrega de todo um setor e de uma estatal estratégicos para a segurança e a integração nacional.

Será uma catástrofe. Eles sabem disso, mas escondem porque topam tudo por dinheiro e só pensam no baú da felicidade (deles).

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