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Audiência pública no Senado indica CPI para apurar rombo do Postalis

Publicado em 24/11/2018 11:24

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Marcos Sant’Aguida, dirigente da FINDECT e do SINTECT-RJ, cobrou um posicionamento do interventor do Postalis para a queda da reserva de poupança dos trabalhadores, denunciou a dívida do BNY Mellon com o fundo, cobrou medidas para o pagamento e defende a realização de uma CPI exclusiva!

A Audiência Pública na Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH) do Senado foi solicitada pelo Senador Paulo Paim. Ela foi importantíssima por colocar em debate a situação dos fundos de pensão de estatais e a situação comum de rombo e encargo sobre os trabalhadores, que estão sendo obrigados a pagar por dívidas que não contraíram.

Queda na poupança

Sant’Aguida cobrou diretamente de Walter Carvalho Parente, interventor do governo Temer no Postalis, posicionamento sobre a reserva de poupança dos trabalhadores, que vem sendo reduzida mês a mês, como é constatável nos extratos. O interventor se esquivou e não respondeu esse questionamento, o que é no mínimo temeroso.

Paguem a divida

O representante da FINDECT também denunciou a ação fraudulenta do banco norte-americano BNY Mellon. Esse banco administrava investimentos com os fundos do Postalis e, por seus erros e omissões, foi responsável por prejuízo de mais de R$ 5 bilhões. Esse valor ele deve ao fundo, e Sant’Aguida solicitou apoio dos parlamentares para que algo fosse feito, de modo que os trabalhadores não tenham que pagar uma dívida que não fizeram.

É preciso garantir que o BNY Mellon, e quem mais deve ao Postalis, paguem a dívida. E assim acabar com essa enorme injustiça que é fazer os trabalhadores dos Correios, aposentados e ativos, pagarem pelo rombo resultante de má gestão e ações fraudulentas.

Dar voz aos trabalhadores

Marcos Sant’Aguida também questionou o fechamento de portas para os trabalhadores pelo interventor do governo Temer. Com isso, os maiores interessados e prejudicados com a situação do fundo não estão podendo participar das decisões e dos rumos definidos pela intervenção.

Representantes da categoria

Denunciou também a fato dos que representantes dos trabalhadores, eleitos para a Diretoria do Postalis, não terem tomado posse por decisão do governo e devido à intervenção. Esses diretores eleitos iriam assumir e comandar uma auditoria, para esclarecer toda a situação, o que a intervenção “supostamente” está fazendo, mas em nome do governo, e não dos trabalhadores.

CPI do Postalis

Audiência foi importante principalmente pela proposta apresentada de realização de uma CPI específica para investigar e levantar todas as irregularidades existentes no Postalis, com vistas a mudar a situação atual, em que o trabalhador da ativa e aposentados está pagando toda a conta sozinho. Essa proposta precisa do apoio dos parlamentares para sua realização.

Assista à fala do Dirigente da FINDECT, Marcos Sant’Aguida, na Audiência Pública:

 

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