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Impasse na renovação poderá deixar a população de mais de 2 mil cidades sem serviço do Banco Postal

Publicado em 28/10/2019 12:47

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Milhares de municípios que só tem esse correspondente bancário ficarão isolados, empobrecerão e suas populações sofrerão consequências drásticas!

Não é alarmismo nem torcida contrária dizer que o Brasil caminha para o caos. A situação dos países vizinhos mostra isso. Onde os serviços públicos e estatais foram privatizados e a reforma acabou com a previdência pública (como no Chile), o resultado foi riqueza concentrada na mão de poucos (os que comandaram a mudança) e pobreza generalizada. A frase símbolo da revolta no Chile é “nos tiraram tanto, que tiraram até o medo!” E como todos sabem, Paulo Guedes estava lá e ajudou.

O fim do Banco Postal não é um lance isolado. Se insere na mesma falta de projeto para o povo pobre e trabalhador que nutre a reforma da Previdência.

Essa reforma aumenta a contribuição do trabalhador e a idade mínima para aposentar, acaba com a aposentadoria por tempo de contribuição e reduz o valor do benefício. Com o passar dos anos, menos pessoas vão se aposentar, e os que conseguirem ganharão bem menos.

Um dos efeitos disso vai ser o desmonte da economia de milhares de municípios pequenos e pobres, que dependem do dinheiro da aposentadoria dos seus trabalhadores para funcionar.

O Banco Postal também é estratégico para esses municípios!

A ECT cumpre função bancária em 2.230 cidades onde não existem bancos. É a única instituição financeira a atender os moradores e os negócios desses locais.

Sem o Banco Postal, a economia dessas cidades declinará rapidamente e a população sofrerá as consequências, entre elas o empobrecimento e a necessidade de se deslocar até outras cidades para efetuar transações bancárias e econômicas, o que é desumano e inviável. O retrocesso é óbvio.

Em vez de acabar com o Banco Postal, o governo deveria reforça-lo. Isso ajudaria a economia e o desenvolvimento das cidades mais pobres e carente do país e suas populações. Daria mais força, recursos e fôlego para os Correios e enriqueceria sua função social.

Mas como esse governo representa as grandes corporações empresariais e bancárias, age para atender seus interesses e favorecê-las, sem se preocupar com os custos sociais e os prejuízos para a população.

Quem quiser ver resultado disso, é só olhar o Chile: “nos tiraram tanto, que tiraram até o medo!!!”

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